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Geral
19/04/2013 11:46:46
Mesmo sem ter o que comemorar, índios lutam pela preservação da cultura do seu povo
Durante o evento, os visitantes puderam conhecer cerâmicas, músicas, danças e culinária típica da cultura indígena.

Midiamax/AB

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\n \n Há 70 anos foi instituído o Dia Nacional do Índio. A data que tem\n como função relatar os direitos indígenas e fazer com que o povo brasileiro\n saiba da importância que eles têm na nossa história parece que há muito caiu no\n esquecimento. Os constantes conflitos mostram que o ‘branco’ ainda não aprendeu\n a conviver com os índios. \n \n Professor na Escola Municipal Sulivan Silvestre Oliveira, que fica\n dentro da Aldeia Urbana Marçal de Sousa, Itamar Jorge Pereira, relata que,\n infelizmente, seu povo tem pouco o que comemorar. A questão da demarcação das\n terras indígenas, garantidas na Constituição Federal de 1988 ainda é um sonho\n distante. “Faz tantos anos e nada. São muitos conflitos. Nossa comunidade está\n sendo morta, dizimada e nada está sendo resolvido”, diz. \n \n Cacique da aldeia, Enir da Silva Bezerra, conta que os índios\n começaram a ir para a cidade por causa das dificuldades de terra, de\n infraestrutura. Ela explica que cada grupo tem sua maneira de luta e a deles\n foi deixar o campo por melhorias na cidade. \n \n Ela lembra ainda que nesta semana grupos indígenas invadiram a\n Câmara de Deputados para chamar a atenção da sociedade brasileira para os\n constantes conflitos e a morte de tantos índios na busca da terra prometida.\n “Eles invadiram para chamar a atenção. Há 513 anos estamos nessa falta de\n respeito. Nos tiraram tudo, a terra, os rios”, enumera. \n \n Mas, apesar de tudo, Enir lembra que seu povo não pode esmorecer.\n Não pode deixar a cultura também ser dizimada. Por isso, dentro da escola\n Sulivan Silvestre Oliveira, ou melhor, Umune Kalivono (criança do futuro), a\n cultura, a música, o idioma indígena é ensinado. Índios e brancos aprendem e\n convivem juntos. Como deveria ser. \n \n Feira Indígena Cultural \n \n Nesta sexta-feira (19), o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal\n (PP), participou da XV Feira Indígena Cultural, na Comunidade Indígena Marçal de\n Souza, na Escola Municipal Sulivan Silvestre Oliveira. \n \n Durante o evento, os visitantes puderam conhecer cerâmicas,\n músicas, danças e culinária típica da cultura indígena. \n \n O professor Itamar Jorge Pereira que coreografou as crianças conta\n que tantos os índios como os brancos que estudam na escola ficam encantados com\n a história e com as musicas e danças típicas. “Eles ficam animados. É a\n preservação da nossa cultura. Não deixa morrer o que é nosso”, finaliza. \n \n \n \n \n \n \n
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