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Geral
22/05/2013 09:00:00
Ministério da Saúde vai ampliar bancos de leite materno
A apresentação de propostas pelos municípios, para receber os recursos voltados à expansão da rede, será feita no início do segundo semestre.

Agência Estado/LD

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\n \n O Ministério da Saúde usará R$ 11,6 milhões para reajustar os\n valores pagos pelos procedimentos feitos por bancos de leite, reformar unidades\n existentes e construir mais cinco unidades até o fim do ano. A apresentação de\n propostas pelos municípios, para receber os recursos voltados à expansão da\n rede, será feita no início do segundo semestre. \n \n De acordo com o ministro Alexandre Padilha, que assinou hoje (22)\n a portaria autorizando os repasses, o objetivo é aumentar em 15% o total de\n leite coletado por meio de doações, que no ano passado chegou a 166 mil litros\n e beneficiou 171 mil recém-nascidos. Ao todo, 179 mil mulheres doaram leite em 2012.\n \n \n "Estamos ampliando a rede de captação e aumentando em quatro\n vezes o volume de recursos para pagamento aos bancos de coleta para estimular\n que mais hospitais montem bancos de leite. Nosso objetivo é elevar as doações\n para dar mais segurança aos bebês que, por algum motivo, não podem tomar o\n leite de suas mães. Em geral, são bebês prematuros que estão na unidade de\n terapia intensiva ou [são bebês cuja] mãe tem algum problema e têm suas vidas\n salvas com esse ato de generosidade", disse Padilha. \n \n O ministro deu entrevista durante lançamento de uma campanha de\n doação de leite, em parceria com o Programa Iberoamericano de Bancos de Leite\n Humano. Até maio de 2014, a iniciativa vai sensibilizar as brasileiras sobre a\n importância do aleitamento materno, com a divulgação de material informativo\n por meio de folhetos, cartazes, anúncios em revistas e em redes sociais. \n \n Alexandre Padilha enfatizou que a doação de leite materno\n contribui para a redução da mortalidade neonatal, que vem caindo nos últimos\n dez anos. A taxa passou de 26,6 mortes por mil nascimentos em 2000 para 16,2\n mortes por mil nascimentos em 2010. \n \n Consciente dos benefícios do leite materno para a saúde dos\n recém-nascidos, a fotógrafa Ilva Araújo, de 43 anos, se considera uma\n "doadora quase profissional". Ela contou que, em meio aos inúmeros\n cuidados com a filha mais nova, Mariana, de 4 meses, não abre mão de um\n compromisso semanal: armazenar leite para encaminhar para doação, com a ajuda\n do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. \n \n "Enquanto ela mama em um peito, eu tiro uma quantidade do\n outro, armazeno em potes esterilizados e uma vez por semana os bombeiros vão\n até a minha casa e levam o produto. Uma coisa eu posso garantir: não falta\n leite para a minha filha, que continua mamando a quantidade necessária, e eu\n ajudo outras crianças a serem tão saudáveis quanto ela", disse a fotógrafa\n que consegue doar, em média, 600 mililitros de leite por semana. \n \n "O bebê que recebe leite materno adoece menos e quando fica\n doentinho se recupera mais rápido, porque é mais forte e mais saudável [do que\n o leite industrializado] ", acrescentou ela, que é mãe de mais duas\n meninas. \n \n De acordo com o Ministério da Saúde, toda mãe que amamenta é uma\n possível doadora de leite. O material coletado é analisado, pasteurizado e submetido\n a rigoroso controle de qualidade pelos bancos de leite antes de sua\n distribuição aos bebês internados em unidades neonatais. \n \n Para doar, basta entrar em contato com o banco de leite mais\n próximo ou ligar para o Disque Saúde, no número 136. Algumas unidades da\n federação, como o Distrito Federal, têm parceria com o Corpo de Bombeiros que\n recolhe o leite na residência da doadora. \n \n Ainda segundo o ministério, o Brasil tem a maior rede de bancos de\n leite do mundo, com 210 unidades e 117 postos de captação. As técnicas de\n coleta, armazenamento e distribuição são exportadas a vários países e já\n ajudaram a implantar bancos de leite na América Latina e na África. \n \n \n \n \n
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