Geral
16/07/2012 09:00:00
MPF denuncia dois médicos por aborto e estelionato no interior São Paulo
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou - e pediu a prisão preventiva - de dois médicos de Jales (SP), acusados de cometer crimes de aborto, concussão, estelionato e falsidade ideológica.
Terra/LD
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\n \n O Ministério Público Federal (MPF) denunciou - e pediu a prisão\n preventiva - de dois médicos de Jales (SP), acusados de cometer crimes de\n aborto, concussão, estelionato e falsidade ideológica. \n \n Os dois médicos teriam cobrado por fora de gestantes do Sistema\n Único de Saúde (SUS) para fazer os partos, mas como as gestantes não tinham\n dinheiro, foram obrigadas a esperar em casa e quando retornaram, os bebês\n nasceram mortos. Na ação, o MPF também pede que, se a prisão não for concedida,\n os médicos sejam afastados das funções. \n \n Segundo o procurador da República Thiago Lacera Nobre, os médicos\n - também indiciados em inquérito policial federal -, foram denunciados por\n aborto provocado por terceiro, sem consentimento da gestante. "Pacientes\n sem recursos para efetuar o pagamento tiveram o parto atrasado e, em pelo menos\n dois casos registrados, os bebês nasceram mortos", explicou o procurador. \n \n Num dos casos, em 2005, um dos médicos teria exigido o pagamento\n de R$ 600 para fazer a cesariana na Santa Casa da cidade de Urânia. Como a\n gestante não tinha o dinheiro, recebeu do médico o conselho para aguardar o\n parto natural, mas depois de uma semana de espera o bebê nasceu morto. \n \n Em outro caso, em 2009, o outro médico teria exigido R$ 1 mil e\n depois de esperar em casa, a gestante também perdeu o filho. Neste caso, num\n atendimento, o médico teria dito à gestante ter ouvido o som do coração do\n bebê, quando na verdade, segundo os autos, a criança já estaria morta há dias. \n \n De acordo com o MPF, no total, um dos médicos teria exigido\n dinheiro de pelo menos nove pacientes para realizar partos, cometendo crime de\n concussão. "Em cinco desses partos, além de receber o dinheiro das\n pacientes, ele também recebeu dos SUS, o que configura crime de estelionato.\n Ele também falsificou guias do SUS, cobrando por partos realizados como médico\n particular", afirmou Nobre. \n \n "A maioria das pacientes eram pessoas humildes, de pouca\n instrução e que estavam submetidas a uma situação desesperadora, diante da\n proximidade do parto, sofrendo com contrações e dores. Por isso, a nefasta\n exigência quase sempre surtia efeito, com o pagamento do valor exigido",\n conta o procurador. \n \n \n \n \n
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