Quarta-Feira, 7 de Maio de 2025
Geral
27/07/2012 09:00:00
Mulheres participam de todos esportes olímpicos pela 1ª vez na história dos Jogos modernos
Os EUA, também de forma inédita, chegam com uma delegação com maioria feminina, com 268 mulheres e 261 homens.

UOL/LD

Imprimir
\n \n A Olimpíada de Londres tem uma marca feminina forte. Pela primeira\n vez na história todas as modalidades olímpicas são disputadas por mulheres.\n Além disso, a Arábia Saudita cedeu à pressão e mandou duas atletas para o\n evento, uma no atletismo, outra no judô. Os EUA, também de forma inédita,\n chegam com uma delegação com maioria feminina, com 268 mulheres e 261 homens.\n \n Mas, se o número de competidoras cresce, as mulheres ainda ficam\n atrás dos homens em dois pontos: os Jogos de Londres-2012 vão distribuir 30\n medalhas de ouro a menos para mulheresnbsp; (132 contra 162) e o nível de\n performance, inalterado desde o início da década de 80.
\n nbsp;
\n Segundo estudo publicado por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Biomédicas\n e de Epidemiologia do Esporte, da França, a diferença média no nível de\n performances entre homens e mulheres, em provas olímpicas, segue em 10% desde\n 1983. O estudo levou em conta resultados até os Jogos Olímpicos de Pequim, em\n 2008, de natação, atletismo, ciclismo de pista, levantamento de peso e\n patinação de velocidade. Incluiu também análise de recordes mundiais e, no caso\n de natação e atletismo, os 10 melhores resultados ano a ano.
\n nbsp;
\n Os dados mostram variações de performance que vão de 5,5% (nos 800m livre da natação,\n prova disputada apenas por mulheres nas Olimpíadas) até 36,8% (no levantamento\n de peso). A conclusão do estudo diz que “mulheres nunca vão correr, saltar,\n nadar ou pedalar tão rápido quanto os homens”. Além disso, a diferença\n continuará a mesma a não ser que avanços tecnológicos específicos para um sexo\n sejam adotados.
\n nbsp;
\n Mas, se não podem alterar esse fato, as mulheres estão se mobilizando para\n acabar com a desvantagem em outra área. Representantes de organizações de\n defesa dos direitos femininos estão reunidos em Londres para pressionar o COI\n (Comitê Olímpico Internacional) a igualar as chances de homens e mulheres.
\n nbsp;
\n “Ainda existe discriminação de sexo nas Olimpíadas. Os Jogos têm um papel\n decisivo na formação de um mundo melhor, é muito mais do que uma competição\n esportiva. É um dos únicos eventos do mundo em que não existem barreiras e que\n uma só lei vale para todos. É uma oportunidade de para mudar a sociedade”,\n afirma Annie Surgier, porta-voz da Liga Internacional dos Direitos das\n Mulheres.
\n nbsp;
\n O órgão apresentou, nesta semana, uma lista de reivindicações que inclui número\n igual de eventos para os dois gêneros e a reserva de 50% dos postos de comando\n das entidades esportivas reservados para mulheres. Além disso, foi feito um\n pedido para reforçar o caráter de neutralidade do esporte, banindo símbolos\n políticos ou religiosos.
\n nbsp;
\n O motivo dessa última demanda foi a exigência da Arábia Saudita para a estreia\n de suas mulheres nos Jogos: só poderiam competir com o corpo coberto. Nos Jogos\n de Pequim, em 2008, 14 países competiram com mulheres usando véus.
\n nbsp;
\n “Queremos que todas as mulheres do mundo tenham acesso ao esporte e possam\n competir nas Olimpíadas. E vestir o que quiserem”, diz Anne-Marie Lizin,\n presidente honorária dos Senado da Bélgica.\n \n \n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias