Geral
15/04/2012 10:01:11
No Instituto Penal, reeducandos aprendem ofício de confeiteiro
Técnicas para preparo de bolos, tortas e diversos tipos de sobremesas estão sendo aprendidas por reeducandos do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), que participam da Capacitação em Serviços de Confeitaria, realizada por meio de parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Peni
Da redação/LD
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\n \n Técnicas\n para preparo de bolos, tortas e diversos tipos de sobremesas estão sendo\n aprendidas por reeducandos do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), que\n participam da Capacitação em Serviços de Confeitaria, realizada por meio de\n parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário\n (Agepen) e a Central de Execução de Penas Alternativas (Cepa), ligada à 2ª Vara\n de Execução Penal da Capital. A iniciativa tem por objetivo possibilitar a\n capacitação profissional como meio de reinserção social e redução da\n reincidência criminal.
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\n Ministrado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), o curso teve início no mês\n passado e deve prosseguir até o dia 24 de maio, com carga horária de 200\n horas/aula, entre teoria e prática. Conforme a parceria, a capacitação é\n destinada a qualificar profissionalmente 20 reeducandos.
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\n De acordo com o instrutor do Sesc, Claudinei dos Santos Lima, o conteúdo aborda\n desde a estrutura necessária à cozinha a métodos e técnicas de confeitaria,\n passando também por aulas sobre higiene e manipulação, fichas técnicas, ética\n profissional e trabalho em equipe, empreendedorismo e, até mesmo, noções de\n matemática para o cálculo de ingredientes necessários. Os alunos aprenderão\n aproximadamente 75 receitas durante o curso, informa o instrutor.
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\n O reeducando E.O.S., 28 anos, é um dos participantes e acredita que o curso irá\n abrir muitas portas quando deixar à prisão. Capacitado também no curso de\n salgadeiro oferecido no ano passado no IPCG, ele garante que descobriu no\n oficio de confeiteiro uma vocação. Eu não tinha profissão nenhuma, o que me\n levou para o crime e acabei preso; agora não vai ser mais assim, posso chegar a\n um lugar e mostrar o que eu sei fazer, mostrar que sou um profissional\n capacitado. Graças aos cursos aqui no presídio estou capacitado tanto para\n doces quanto para salgados, afirma, revelando que pretende trabalhar em\n padarias, docerias ou mesmo atendendo a encomendas para festas.
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\n Já o interno R.T.S., 33 anos, afirma que a capacitação é uma grande\n oportunidade que está sendo dada. O trabalho realmente ressocializa, ajuda a\n gente a se afastar de coisas negativas, e com qualificação, com certificado nas\n mãos, fica muito mais fácil a gente arrumar um emprego, ter dignidade,\n enfatiza, destacando que a participação no curso está refletindo não só na\n autoestima dele como dos familiares. Eles acabam acreditando mais na nossa\n mudança, comenta.
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\n Segundo o diretor do IPCG, Erani Antônio Boeno, para participar dos cursos é\n exigido bom comportamento. Para a seleção também são avaliados critérios como\n interesse e aptidão.
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\n O diretor destaca que o oferecimento de cursos profissionalizantes é muito\n positivo na unidade prisional, refletindo diretamente na disciplina dos\n custodiados. Os internos demonstram muita satisfação, se sentem valorizados,\n acreditam que terão novas perspectivas de vida, ressalta.
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\n Além do curso profissionalizante, o Instituto Penal de Campo Grande conta\n atualmente com 11 oficinas de trabalho, garantindo ocupação produtiva a quase\n 400 reeducandos. Outros cerca de 210 estudam, entre o ensino fundamental e o\n médio, pelo sistema de Educação de Jovens e Adultos (EJA).\n \n \n \n \n
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\n Ministrado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), o curso teve início no mês\n passado e deve prosseguir até o dia 24 de maio, com carga horária de 200\n horas/aula, entre teoria e prática. Conforme a parceria, a capacitação é\n destinada a qualificar profissionalmente 20 reeducandos.
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\n De acordo com o instrutor do Sesc, Claudinei dos Santos Lima, o conteúdo aborda\n desde a estrutura necessária à cozinha a métodos e técnicas de confeitaria,\n passando também por aulas sobre higiene e manipulação, fichas técnicas, ética\n profissional e trabalho em equipe, empreendedorismo e, até mesmo, noções de\n matemática para o cálculo de ingredientes necessários. Os alunos aprenderão\n aproximadamente 75 receitas durante o curso, informa o instrutor.
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\n O reeducando E.O.S., 28 anos, é um dos participantes e acredita que o curso irá\n abrir muitas portas quando deixar à prisão. Capacitado também no curso de\n salgadeiro oferecido no ano passado no IPCG, ele garante que descobriu no\n oficio de confeiteiro uma vocação. Eu não tinha profissão nenhuma, o que me\n levou para o crime e acabei preso; agora não vai ser mais assim, posso chegar a\n um lugar e mostrar o que eu sei fazer, mostrar que sou um profissional\n capacitado. Graças aos cursos aqui no presídio estou capacitado tanto para\n doces quanto para salgados, afirma, revelando que pretende trabalhar em\n padarias, docerias ou mesmo atendendo a encomendas para festas.
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\n Já o interno R.T.S., 33 anos, afirma que a capacitação é uma grande\n oportunidade que está sendo dada. O trabalho realmente ressocializa, ajuda a\n gente a se afastar de coisas negativas, e com qualificação, com certificado nas\n mãos, fica muito mais fácil a gente arrumar um emprego, ter dignidade,\n enfatiza, destacando que a participação no curso está refletindo não só na\n autoestima dele como dos familiares. Eles acabam acreditando mais na nossa\n mudança, comenta.
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\n Segundo o diretor do IPCG, Erani Antônio Boeno, para participar dos cursos é\n exigido bom comportamento. Para a seleção também são avaliados critérios como\n interesse e aptidão.
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\n O diretor destaca que o oferecimento de cursos profissionalizantes é muito\n positivo na unidade prisional, refletindo diretamente na disciplina dos\n custodiados. Os internos demonstram muita satisfação, se sentem valorizados,\n acreditam que terão novas perspectivas de vida, ressalta.
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\n Além do curso profissionalizante, o Instituto Penal de Campo Grande conta\n atualmente com 11 oficinas de trabalho, garantindo ocupação produtiva a quase\n 400 reeducandos. Outros cerca de 210 estudam, entre o ensino fundamental e o\n médio, pelo sistema de Educação de Jovens e Adultos (EJA).\n \n \n \n \n
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