O Conselho Tutelar de Coxim localizou nesta terça-feira (15) novos indícios que reforçam a possibilidade de que o menino Carlos Junior da Silva Almeida, que foi abandonado em Lorena (SP) morou em Coxim. De acordo com o conselheiro municipal Sergiomar Gomes Inacio, foi localizado um cadastro em nome de Dalva da Silva Almeida, de 29 anos, na Secretaria de Saúde de Coxim, porém no registro consta que ela e seu marido Carlos Augusto da Silva Almeida, de 56 anos, teriam apenas duas filhas, uma de 1 ano e meio e a outra de 3 anos, e residiam no bairro Santa Maria. Nossa reportagem apurou que em 23 de julho de 2012, por volta das 21 horas, a Polícia Militar de São Gabriel do Oeste registrou um boletim de ocorrência envolvendo os pais e três crianças. Segundo o registro, Carlos Augusto da Silva Almeida, Dalva da Silva Almeida e seus três filhos, sendo eles um menino de cinco anos chamado Carlos Junior, uma menina dois anos chamada Camila e um bebe de dois meses com nome de Verônica, estariam dormindo no canteiro de uma avenida próximo a Rodoviária da cidade. Quando os policiais chegaram ao local encontraram os pais e as crianças dormindo em uma rede e um colchão. Ao ser questionado do motivo de estarem dormindo naquele local, o pai contou que a família havia acabado de chegar em São Gabriel e não conheciam a cidade. Na época a família foi encaminhada pelo Conselho Tutelar para o Centro de Apoio ao Imigrante. Com base neste boletim de ocorrência a Vara da Infância e Juventude de Lorena localizou a certidão de nascimento do garoto e de suas supostas irmãs. Apesar de repetir que é de Coxim o garoto é natural de Anchieta no Espírito Santo, já sua irmã de 3 anos nasceu em Coxim, o que comprova que a família esteve no município. O Conselho Tutelar de Coxim e a Vara da Infância e Juventude de Lorena continuam na busca por novas informações que levem ao paradeiro de familiares da criança. Se identificados, os pais podem pegar pena de 6 meses a 3 anos de reclusão por abandono de incapaz. O caso O menino foi encontrado num bairro popular do município de Lorena, interior de São Paulo. Desde que foi encontrada numa padaria do bairro Comerciários, a criança foi levada para a Associação de Atendimento à Criança e ao Adolescente de Lorena, onde permanece. A criança indicou os pais como sendo Carlos Augusto da Silva Almeida e Dalva da Silva Almeida. O Conselho Tutelar acredita que o menino tenha sido abandonado pelos pais, porque não queria mais pedir esmola, de acordo com o que foi apurado até o momento. Ele conta que os pais pediram para que ele ficasse no bairro citado, as margens da BR-116, conhecida como Presidente Dutra, enquanto fossem em São Paulo, mas avisaram que voltariam para buscá-lo, o que não aconteceu.