Sábado, 3 de Maio de 2025
Geral
14/07/2013 09:38:28
Pesquisa relaciona obesidade infantil a tempo que as crianças permanecem na frente da TV
Feita na década passada, a pesquisa ouviu 17.424 crianças de 3 a 11 anos e seus parentes em todas as regiões de Portugal.

Agência Brasil/LD

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\n \n Pesquisa divulgada\n nesta semana pela Universidade de Coimbra indica que pode haver relação entre a\n obesidade infantil e o tempo em que as crianças assistem à televisão ou usam o\n aparelho de TV para brincar com jogos eletrônicos. Feita na década passada, a\n pesquisa ouviu 17.424 crianças de 3 a 11 anos e seus parentes em todas as\n regiões de Portugal.\n \n O estudo mostra\n que, apesar de Portugal ter sistema integral de ensino, com as crianças\n passando a manhã e a tarde na escola, 28% de meninos e 26% de meninas assistem\n a mais de duas horas de televisão por dia. Nos fins de semana, a proporção sobe\n significativamente: 75% meninos e 74% meninas. O parâmetro de duas horas é\n sugerido pela Academia Americana de Pediatria.\n \n Em Portugal, três\n de cada dez crianças (6 a 10 anos) são consideradas acima do peso e 14% são\n classificadas como obesas. De acordo com a coordenadora do Centro de Investigação\n em Antropologia da Saúde, da Universidade de Coimbra, Cristina Padez, o\n problema do alto consumo da TV está relacionado ao comportamento sedentário.\n “Não é só a TV, é preciso observar a alimentação, o estilo de vida e a\n organização dos pais”, disse à Agência Brasil.\n \n Dados divulgados\n pela Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil (Apcoi), assinalam que\n 57% das crianças que vivem no país não caminham para ir à escola; 90% comem\n lanches tipo fast food quatro vezes por semana e apenas 2% consomem frutas\n todos os dias.\n \n Segundo Cristina\n Padez, os indicadores de Portugal são semelhantes aos de outros países do Sul\n da Europa, como a Espanha, a Itália e a Grécia, e guardam semelhança com o que\n acontece no Brasil. "O mundo é globalizado. Há um conjunto de maneiras de\n viver semelhantes. Todos esses problemas são consequência do desenvolvimento\n econômico e social”, enfatizou Cristina.\n \n A cientista social\n ressaltou ainda que a vida em grandes cidades, com poucos lugares para\n atividades de crianças ao ar livre, ou sob risco de violência, faz com que\n muito meninos e meninas passem horas vendo TV. As emissoras de televisão, com o\n avanço tecnológico e o interesse no consumo infantil, “tornaram-se mais apelativas”\n para as crianças, com programas e canais dirigidos ou acopladas ao jogo\n eletrônico.\n \n “A indústria\n aproveita a situação. O problema é que nosso corpo não está adaptado e precisa\n ser mais ativo”, destaca Cristina Padez. Apesar das restrições, ela não recomenda\n que os pais proíbam os filhos de ver televisão, nem de fazer lanches rápidos.\n “Os pais devem cuidar da alimentação sem proibir; é importante haver regras.”\n \n A obesidade\n infantil pode favorecer o aparecimento futuro de doenças como diabetes e\n hipertensão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,6 milhões de\n pessoas morrem todos os anos por causa da obesidade ou do sobrepeso. A OMS\n calcula que, em todo o mundo, mais de 1 bilhão de adultos estão acima do peso.\n Destes, 300 milhões (o equivalente à população dos Estados Unidos) são obesos.\n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n
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