\n \n A\n Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (19), uma operação para\n desarticular quadrilhas envolvidas na lavagem de dinheiro e na má gestão do\n regime próprio de previdência privada. Ao todo, 102 mandados estão sendo\n cumpridos, 5 de prisão preventiva, 22 de temporária e 75 de busca e apreensão\n no Distrito Federal. No Estado, a ação acontece em Porto Murtinho e Ponta Porã,\n a 323 quilômetros da Capital.\n \n A\n investigação, para a 1ª operação da história neste tipo de crime, durou um ano\n e meio e culmina na prisão de servidores de prefeituras e empresários, que\n agiam em conluio, de acordo com a assessoria de comunicação do órgão. A\n intenção é apreender objetos adquiridos com o dinheiro ilícito.\n \n Desde\n o início da madrugada, 25 pessoas já foram presas, sendo 16 em Brasília e ainda\n existe a suspeita do envolvimento de policiais que ajudavam a quadrilha. Cerca\n de 300 policiais estão distribuídos em Mato Grosso do Sul, Distrito Federal,\n São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,\n Goiás, Maranhão, Amazonas e Rondônia.\n \n Os\n envolvidos fraudavam a previdência, aplicando o dinheiro dos servidores em\n ações de alto risco, forjando a perda do recurso. Os servidores então ficavam\n sem o dinheiro e os criminosos sacavam o benefício, sendo mais de R$ 300\n milhões retirados nestes 18 meses.\n \n Em\n conseqüência, o valor permanecia em contas bancárias de empresas de fachada ou\n fantasmas, abertas em nome de “laranjas” ou “testas-de-ferro”, de forma a\n ocultar os verdadeiros responsáveis por tais movimentações. Verificou-se a\n existência de uma holding de empresas que consistia em um verdadeiro serviço de\n terceirização para lavagem do dinheiro proveniente de crimes diversos.\n \n Uma\n vez creditados nas contas bancárias das empresas investigadas, os valores\n ilícitos ficavam circulando pelas demais contas pertencentes à quadrilha até\n serem, enfim, sacados em espécie.\n \n Os\n presos e indiciados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes\n de gestão fraudulenta, operação desautorizada no mercado de valores\n mobiliários, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de\n quadrilha e falsidade ideológica.\n \n A\n Operação batizada “Miquéias” contou com apoio do Ministério da Previdência\n Social e da Comissão de Valores Mobiliários. Miquéias denunciava os\n governantes, chefes e ricos das cidades de Jerusalém e Samaria que roubavam o\n povo através da língua enganosa, com armadilhas, exigiam presentes e subornos.\n \n \n \n \n