\n \n Os policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais),\n a tropa de elite da Polícia Militar, vão ganhar uma nova proteção na luta\n contra o crime no Estado do Rio de Janeiro. O neurocientista Renato Rozental\n adaptou um dispositivo de resfriamento cerebral aos capacetes usados pelos\n "caveiras", que terão a cabeça resfriada caso sejam baleados ou\n sofram outro tipo de ferimento durante as operações. Isso diminuirá a possibilidade\n de lesões mais graves. \n \n Desenvolvido após 20 anos de pesquisa, o protótipo impede que as\n lesões no cérebro aumentem, dando mais tempo para a transferência e socorro\n adequado ao policial atingido por um tiro, por exemplo. O acordo de cooperação\n técnico-científica foi assinado, em agosto, com o Comando da Polícia Militar. \n \n Segundo Rozental, o dispositivo deve ser ativado pelo policial que\n estiver próximo ao militar ferido. Ao ser acionado, gases são injetados em\n válvulas que resfriam o cérebro, diminuindo a pressão intracraniana. \n \n – É como se colocássemos gelo no local da lesão, impedindo a\n propagação do edema. \n \n Os estudos sobre a temperatura no interior do cérebro tiveram\n apoio da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro),\n ligada à Secretaria de Ciência e Tecnologia, que liberou verba de R$ 450 mil\n por meio do edital Pensa Rio. \n \n Ainda de acordo com o neurocientista, após a assinatura do\n convênio, o projeto irá passar por uma fase de testes para chegar à definição\n de qual será o melhor protótipo para os homens do Bope. \n \n – Precisarei de cerca de um ano para fazer simulações e chegar ao\n melhor protótipo para, depois, executá-lo. Esse processo é custoso. Depois que\n ele estiver definido, fica mais fácil reproduzi-lo. \n \n PROJETO DEVE SER AMPLIADO EM BEVE \n \n O neurocientista negocia com o Ministério da Saúde e o Ministério\n da Defesa um acordo para produzir toucas com o mesmo dispositivo de\n resfriamento, porém mais flexíveis, que serão utilizadas em vítimas de\n acidentes em que ocorra traumatismo cranioencefálico e também em ambulâncias do\n Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). \n \n \n \n \n