Domingo, 4 de Maio de 2025
Geral
27/06/2012 09:00:00
Preso que alimentava Facebook pelo celular é isolado na Máxima
Preso desde 2009, Alexander Pereira Fresneda, de 28 anos, mantinha contato com familiares e amigos por meio de perfil no Facebook, alimentado via celular.

CGNews/LD

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\n \n Preso\n desde 2009, Alexander Pereira Fresneda, de 28 anos, mantinha contato com\n familiares e amigos por meio de perfil no Facebook, alimentado via celular.\n Alex cumpre pena por tráfico de drogas e posse de arma no Presídio de Segurança\n Máxima de Campo Grande e a mordomia só foi descoberta hoje (27) pela Agepen\n (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).\n \n Em nota, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e\n Segurança Pública) informou que o perfil do preso foi desativado, no entanto, a\n reportagem verificou que o perfil continua na rede social.\n \n Como\n punição ao detento, a Secretaria informou que Alexander está isolado em cela\n disciplinar. Procedimento de investigação também foi instaurado na unidade para\n apurar o fato.\n \n No perfil social, o preso usa o nome de Alex Pereira e\n têm 79 amigos, entre eles diversos familiares - o irmão, a mãe, a avó, o tio e\n a tia. As atualizações, fotos e conversas com os amigos, eram feitas\n frequentementemente.\n \n As\n últimas atualizações foram feitas no último dia 16 deste mês, sendo uma delas a\n mudança do status para “relacionamento sério” e a frase da namorada: "Adorei\n o dia de hoje, foi o mais lindo de toda a minha vida".\n \n A\n última mensagem postada por ele foi: “Quando pensamos q ta tudo perdido um anjo\n aparece para ilumina os caminhos.....e isso so acontece pq DEUS permite e sab\n quais sao nossas dificuldades”.\n \n Na\n maioria das postagens, Alex falava da família, dos amigos e o conteúdo era de\n superação, dizendo que estava passando por um momento difícil, mas que ainda\n seria motivo de orgulho.\n \n As\n frases eram comentadas pelos amigos, também com mensagens de apoio e força,\n ignorando o fato do detento desrespeitar as leis de segurança e utilizar\n aparelho celular dentro do presídio.\n \n Alex\n é primo do brasileiro Hemerson Pereira Fortkamp, de 30 anos, que morreu após\n ser espancado em frente a uma boate, em Portugal, em janeiro deste ano. O irmão\n de Alex estava com Hermerson no local e também foi agredido.\n \n Na\n ocasião, Alex chegou a deixar mensagem para o irmão dizendo para esperá-lo\n porque eles iam “tirar essa fita a limpo”.\n \n O\n Facebook era utilizado desde o fim do ano passado, quando até mensagem de Feliz\n Ano Novo o detento publicou.\n \n A\n reportagem também encontrou o preso no Orkut, mas utilizando o nome de\n Alexander Fresneda. Aparentemente o perfil está sem atualização, mas ainda\n conta com 9 amigos e diversas fotos de Alex no período em que estava em\n liberdade.\n \n Sistema em xeque- Na semana passada, outro exemplo\n de falta de monitoramento no sistema penitenciário da Capital foi denunciado\n pela imprensa. Vídeo revelado pelo programa o Povo na TV mostrava a farra de\n detentos utilizando drogas em festa dentro de cela do Presídio de Trânsito.\n \n Ainda\n na nota de esclarecimento, a Sejusp afirma que está tomando medidas pontuais\n para impedir novamente o uso de materiais proibidos nas penitenciárias com a\n intensificação de operações "pente-fino".\n \n As\n vistorias irão contar com a participação da Polícia Civil, além da Polícia\n Militar, no sentido de garantir mais agilidade na identificação e\n responsabilização do autor da infração.\n \n Sobre\n o uso de aparelhos celulares, a Agepen diz que está buscando junto às\n operadoras de telefonia o bloqueio do sinal telefônico no complexo\n penitenciário de Campo Grande, o que na avaliação da Agência, “é a única\n maneira efetiva de coibir definitivamente o uso de aparelhos celulares pelos\n detentos”.\n \n Ainda\n de acordo com a nota, empresas especializadas já estão elaborando estudos com\n relação ao melhor sistema de bloqueio no complexo penitenciário. A maior\n dificuldade é a presença de torre de telefonia instalada próxima aos presídios.\n \n \n \n \n
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