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Geral
08/06/2013 11:30:23
Proteger os oceanos é questão crítica para a sobrevivência humana, diz pesquisador
Para o pesquisador José Luiz Azevedo, coordenador do curso de oceanologia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), o mais antigo no país, a proteção dos oceanos é crítica para a sobrevivência da espécie humana.

Agência Brasil/AB

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\n \n Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície terrestre, somam 97%\n da água do planeta, concentram um número imenso de espécies, mantêm um grande\n estoque de alimentos e guardam reservas minerais. Em reconhecimento à\n importância dos mares nas nossas vidas, há cinco anos a Assembleia Geral das\n Nações Unidas criou o Dia Mundial dos Oceanos, comemorado desde 2009 no dia 8\n de junho. \n \n Para o pesquisador José Luiz Azevedo, coordenador do curso de\n oceanologia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), o mais antigo no\n país, a proteção dos oceanos é crítica para a sobrevivência da espécie humana. \n \n “Está muito claro que os oceanos têm uma grande importância\n ecológica, econômica, política e sociocultural. Os oceanos são um ponto crítico\n até para a sobrevivência da espécie humana e de todos os seres vivos no nosso\n planeta. Os oceanos são fundamentais. Eles regulam o clima, nos proporcionam\n alimentação. E grande parte da população mundial vive na zona costeira. As\n grandes cidades do mundo estão todas na costa, em contato direto com o oceano”,\n disse. \n \n E, ao longo de centenas de anos sofrendo com a ação humana, os\n oceanos já começam a dar sinais de desgaste. No Brasil, por exemplo, a\n acidificação da água do mar, provocada pelo excesso de dióxido de carbono na\n atmosfera (e sua absorção pelas águas), tem provocado a morte de corais. \n \n “Com os oceanos ficando cada vez mais ácidos, os bancos de corais\n da costa brasileira têm sofrido bastante. A comunidade oceanográfica tem\n observado que esses bancos estão perdendo área. Os corais estão morrendo, eles\n não estão mais com aquela taxa de crescimento que tinham”, ressaltou Azevedo. \n \n Segundo o especialista, nos últimos anos os oceanos passaram a\n receber atenção especial no mundo por causa das mudanças climáticas e da\n consequente elevação do nível dos mares. No Brasil, em especial, a pesquisa\n oceanográfica também recebeu um impulso com as grandes descobertas de petróleo\n na camada pré-sal. \n \n Azevedo explica que a preocupação com licenças ambientais para\n empresas que atuam na costa brasileira também aumentou nos últimos anos. Além\n disso, o fundo dos oceanos poderá ser a principal fonte de areia para a\n construção civil nos próximos anos no país. \n \n Como parte da estratégia de expansão das pesquisas na costa\n brasileira, o governo federal criou no final de maio o Instituto Nacional de\n Pesquisa Oceanográfia e Hidroviária, que reunirá quatro centros de pesquisa:\n Centro de Oceanografia do Atlântico Tropical, Centro de Oceanografia do\n Atlântico Sul, Centro de Portos e Hidrovias e Centro de Pesquisa Marinha em\n Pesca e Aquicultura. Além disso, o governo deve comprar mais um navio\n oceanográfico. \n \n \n \n \n
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