CGN/LD
ImprimirTodos os biomas do Mato Grosso do Sul sofreram com alta nos registros de queimadas, segundo o relatório divulgado pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) - ligado à Semadec (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). O documento teve como base as informações do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, que comparou os casos de 2022 e 2023.
Com relação às áreas incendiadas no Pantanal, foram 240 mil em 2022 e 520 no ano seguinte, o que representa um aumento de 116%. Já no Cerrado, saímos de 496 mil hectares para 807 mil, cerca de 62% a mais.
Quando a avaliação é em áreas protegidas a situação é mais alarmante. Nas unidades de conservação dos dois principais biomas do Estado, o aumento de áreas queimadas foi de 332%, na Serra do Amolar ficou em 346% e em terras indígenas superior a 56%.
O relatório traz, ainda, os locais de conservação onde registraram as queimadas: a maior está em Corumbá, com 12,5 mil hectares, na RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Poleiro Grande. Já em terras indígenas, a mais afetada foi a kadiwéu, com 61,3 mil hectares atingidos pelo fogo.
Por fim, para os meses de maio, junho e julho deste ano, toda a região pantaneira está em nível de atenção para incêndios, pois a tendência climática indica maior probabilidade das chuvas ficarem abaixo da média histórica no estado do Mato Grosso do Sul neste período.