\n \n Trabalhadores\n rurais do Assentamento Matão, em Bandeirantes, a 70 km de Campo Grande, protestaram,\n na manhã de hoje, contra a demora na conclusão do PDA (Programa de\n Desenvolvimento do Assentamento), emitido pela Agraer (Agência de\n Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural). Com cartazes e faixas, as 53\n famílias do assentamento pedem rapidez na entrega do documento e prometem\n fechar BR-163, caso não sejam atendidos. Eles se reuniram em frente a sede da\n fazenda Matão.nbsp;\n \n Durante\n o protesto, técnicos da Agraer receberam os pedidos feitos pelos assentados e\n prometeram levar as reivindicações até os chefes da Agência de\n Desenvolvimento.nbsp;\n \n Segundo\n os trabalhadores, sem o PDA, que é uma exigência do Programa da Reforma\n Agrária, os assentados que receberam lotes do Incra (Instituto Nacional de\n Colonização e Reforma Agrária), em maio de 2011, não conseguem recebem recurso,\n apoio ou benefício.\n \n Eles\n garantem que a Agência de Desenvolvimento ficou de entregar o PDA em agosto do\n ano passado, mas até agora os assentados não receberam a documentação. De\n acordo com os trabalhadores, se até a próxima terça feira a Agraer não entregar\n o PDA, novos protestos devem acontecer. Eles prometem organizar manifestações\n em Bandeirantes, na governadoria e, se não forem atendidos, planejam inclusive\n fechar a BR-163.\n \n O\n presidente da Agriban (Associação dos Trabalhadores Rurais de Bandeirantes),\n Oduvaldo Alves da Silva, disse que o atraso na conclusão do PDA, por parte da\n Agraer, vem gerando no Projeto Matão, inúmeros e graves problemas econômicos e\n sociais.\n \n “Fazem\n dois anos que recebemos os lotes. Nesse período cumprimos tudo o que foi\n exigido pelo Plano de Desenvolvimento do Assentamento. Mas infelizmente nada\n aconteceu até agora. Nem mesmo o crédito de instalação e inicial foram\n liberados aos beneficiários desse projeto de assentamento. Segundo informações\n do Incra, o motivo desse prejudicial atraso, seria a não conclusão do PDA por\n parte da Agraer. Por isso decidimos iniciar as manifestações”, disse Oduvaldo.\n \n O\n vice-presidente da Associação de Trabalhadores, Vilson Ribas Vicente, informou\n que sem esse apoio inicial, muitos assentados passaram a enfrentar dificuldades\n diante dos projetos que envolvem os lotes. Alguns, por necessidade de\n sobrevivência, precisam abandonar os lotes e buscar trabalho nas cidades.\n Vilson afirma que a situação acaba prejudicando o trabalhador e o projeto do\n governo Federal que tenta, através da Reforma Agrária, dar ao trabalhador\n condições de se estabelecer no campo.\n \n “Se\n não entregarem o PDA, buscaremos apoio junto aos órgãos competentes como MPE\n (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público Federal), TCU (Tribunal\n de Contas da União), e o PROCON. Levaremos os problemas enfrentados por essa\n comunidade rural, aos órgãos de imprensa do Estado de Mato Grosso do Sul”,\n enfatizou o vice-presidente.\n \n \n \n \n