Meio Ambiente
04/08/2013 08:39:28
Artigo: Redes sociais: quanto mais fãs melhor?
(*) Acácia Lima é jornalista e fundadora da YellowA, agência especializada em mídias sociais.
Acácia Lima
\n \n Além\n da típica concorrência por market share, ultimamente as empresas tem entrado\n numa outra disputa: a do número de fãs nas páginas de redes sociais. Mas,\n afinal, ter um número alto de fãs e seguidores é reflexo do sucesso da sua\n empresa? E, se sim, isso garante um bom resultado de marketing? A resposta para\n estas perguntas é não. E, por um motivo muito simples: hoje é possível comprar\n seguidores.\n \n A\n compra de fãs, amplamente divulgada com diversos "pacotes", além de\n expressar um número vazio, trata de uma questão mais grave, ilegal: o roubo de\n senhas. Quem nunca viu posts como "veja quem visitou seu perfil"?\n Pois é, ao clicar nesse tipo de link, o usuário está caindo em uma das\n artimanhas para capturar fãs sem sua permissão. Se não bastasse o fato de ser\n ilegal, os pacotes oferecidos para aumentar os "likes" trazem outra\n desvantagem: de uma hora para outra, quando o "contrato" termina, o\n número despenca, obrigando o dono da fan page a renovar o pacote ou comprar\n outro.\n \n Para\n distinguir uma página bem trabalhada de outra cujo sucesso é apenas aparente,\n além de posts frequentes e bem construídos visualmente, é preciso analisar a\n interatividade, objetivo único quando o assunto é mídia social. Não é bem\n sucedida a página cujo número de "curtidas" ou\n "comentários" é inexistente ou beira o zero, típico de quem tem uma\n fan page com fãs comprados. Portanto, daqui surge uma nova dúvida: como\n estimular a interatividade e o interesse pela página da sua empresa?\n \n O\n primeiro passo é ter a interatividade como foco. Muitos empresários, ainda\n impregnados com as mídias ditas tradicionais (impressa, TV e rádio), decidem\n apenas por fazer a marca "aparecer", sem realmente desejar criar um\n vínculo duradouro e confiável com seu consumidor, abrindo, assim, o canal de\n comunicação para ele. Ouvir o consumidor agradecendo aos elogios não é,\n verdadeiramente, atender o cliente.\n \n A\n verdadeira interatividade inclui respeitar e responder as queixas de forma\n transparente, esclarecendo as dúvidas especialmente nas mídias sociais, pois\n são o único lugar para criar relacionamento com seu público alvo e conhecê-lo\n verdadeiramente. Além disso, o bom trabalho durante o atendimento a uma queixa\n será certamente viralizado, tornando a preocupação e eficácia de sua empresa um\n dos motivos para que futuros consumidores criem simpatia pelo seu produto.\n \n Um\n funcionário ou uma agência especializada, dedicado a essa tarefa e comprometido\n com o objetivo de sua empresa é o segundo passo na construção de sua imagem nas\n mídias sociais. A partir daí, acompanhar e garantir que as divulgações de\n banner no Facebook (anúncio ou post patrocinado), por exemplo, seja feito de\n maneira a estimular a "curtida" e não para "comprar" um fã,\n desta forma fidelizando o possível consumidor. Um fã "comprado"\n certamente irá descurtir a página assim que perceber que foi vítima de\n compra, ao contrário do fã que espontaneamente decidiu acompanhar as postagens\n de uma marca.\n \n Apesar\n de trabalhosa, a presença criativa e positiva de sua empresa nas mídias sociais\n é bastante simples: bom senso e interesse genuíno acabarão por refletirem o\n sucesso da sua marca. Tendo isso, o resto depende apenas de um bom planejamento\n estratégico de comunicação nessas redes. Vale a pena o esforço.\n \n (*)\n Acácia Lima é jornalista e fundadora da YellowA, agência especializada em\n mídias sociais.\n \n \n \n \n