\n \n As pesquisas divulgadas nesta semana\n pelos institutos Ibope e Datafolha registram recordes de popularidade da\n presidente Dilma Rousseff e da avaliação de seu governo, mesmo com a economia\n passando por um momento delicado. Apesar de a inflação estar acima do desejado\n pela equipe econômica e do baixo crescimento registrado em 2012, especialistas\n avaliam que a presidente mantém grande favoritismo na eleição de 2014. \n \n Para\n o sociólogo Ricardo Ismael, professor da PUC-Rio, Dilma deve se reeleger se\n conseguir manter o baixo desemprego, o alto consumo das famílias e os programas\n de transferência de renda. Ele crê que esses sejam os três grandes pilares de\n sua popularidade: \n \n "Na\n verdade, o baixo desemprego, a manutenção do consumo e a ampliação do Bolsa\n Família, agora focado na pobreza extrema, garantem a ela boa aprovação. Se você\n somar as 14 milhões de famílias que estão no Bolsa Família e aqueles que agora\n têm a felicidade de ter um emprego, chega a uma grande parcela da população\n brasileira. São fatores que têm mantido esses altos índices de aprovação, mesmo\n com a economia em um mau momento", avalia Ismael. Ele crê que a população\n "ainda não sentiu a crise", mas ressalta que o governo vive "uma\n situação limite" em relação à economia. \n \n Já\n Lucy Niemeyer, especialista em marketing político e professora da Universidade\n do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), crê que a forma como a imagem de Dilma tem\n sido trabalhada terá efeitos na campanha eleitoral: \n \n "Toda\n a manipulação política da imagem nessa fase pré-eleitoral cria uma expectativa\n de que haja uma ressonância dessa popularidade na época da eleição. O que vemos\n hoje é um efeito prévio em um momento em que ainda não está havendo um\n confronto com os opositores. Mas Dilma cria junto aos eleitores uma imagem\n positiva, que pode ter um efeito residual na época da campanha", explica. \n \n \n \n \n