VERSÃO DE IMPRESSÃO
Brasil
11/10/2012 06:28:36
Em 11 de outubro de 1977, general Geisel fazia nascer o Estado de Mato Grosso do Sul
Rangel Reis foi o “pai da divisão”, enquanto Golbery e Veloso atuaram na condição de conselheiros do presidente Ernesto Geisel.

Correio do Estado/PCS

Foto: Google
\n \n Na\n saudação aos ministros João Paulo dos Reis Veloso (Planejamento) e Maurício\n Rangel Reis (Interior), durante a visita deles à Assembleia Legislativa de Mato\n Grosso em quatro de abril de 1975, o deputado estadual Rubem Figueiró de\n Oliveira (Arena) antecipava: a divisão territorial brasileira seria inevitável.\n \n Ele\n baseava-se no estudo “Geopolítica do Brasil”, do ministro-chefe da Casa Civil,\n general Golbery do Couto e Silva, segundo o qual o fenômeno ocorreria a partir\n do desenvolvimento econômico e social da área remanescente de Mato Grosso,\n sobretudo, considerando-se a Marcha para o Norte, para a conquista de novas\n terras para a agropecuária.\n \n "Passados\n tantos anos daquela afirmação, estou convicto: mais cedo ou mais tarde de que o\n extenso território de Mato Grosso será desmembrado com mais duas unidades, por\n impulso não só do desenvolvimento econômico, como o que vem dele, ou seja, o\n esclarecimento político das populações que estão nas regiões mais setentrionais\n naquele grande estado”, afirma Figueiró.\n \n Rangel\n Reis foi o “pai da divisão”, enquanto Golbery e Veloso atuaram na condição de\n conselheiros do presidente Ernesto Geisel. A Lei Complementar nº 31, que\n dividiu Mato Grosso, completa hoje 35 anos. O novo Estado nasceu sem certidão\n de nascimento. O cerimonial esqueceu o presidente do Tribunal Regional\n Eleitoral no hotel e ele ainda passou pelo vexame de ser barrado por seguranças\n no Teatro Glauce Rocha, onde ocorreria a instalação da Assembleia Constituinte.\n \n Não\n existe ata fiel daquele momento. Arfante, o desembargador Athayde Monteiro da\n Silva entrou no teatro depois de o seu nome ser chamado quatro vezes pelo\n locutor da festa.\n \n A\n história passa, os antagonismos ficam. Os ex-governadores Wilson Barbosa\n Martins e Pedro Pedrossian são exemplo disso. De Martins, que teve dois\n mandatos: “Ninguém me prejudicou mais senão ele, pois deixou dívidas em meu\n caminho”. De Pedrossian, três vezes no cargo: “Desafiei meus detratores (...)\n Algumas obras minhas não foram entendidas”.\n \n Graças\n às exportações de carne, grãos, açúcar, álcool, papel, celulose, óleos\n vegetais, alimentos, bebidas, couros, peles, fiação, têxteis, confecção e\n vestuário, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são hoje estados globalizados.\n \n \n