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Brasil
18/11/2025 13:03:00
Entenda o que muda nas regras para ciclomotores a partir de 2026 no Brasil
Condutores terão de usar capacete, portar habilitação e registrar o veículo; fiscalização passa a valer em todo o país

CNN/PCS

Ciclomotores são conduzidos na maioria por crianças e adolescentes, sem controle algum (Foto: PC de Souza)

Condutores de ciclomotores, veículos elétricos ou a combustão com velocidade limitada a 50 km/h, terão até 31 de dezembro de 2025 para se adequar às novas regras de trânsito. A partir de 1º de janeiro de 2026, capacete, habilitação e placa passam a ser obrigatórios em todo o Brasil.

A medida pretende reduzir acidentes e organizar o tráfego urbano, especialmente em grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, onde o uso desses veículos cresceu de forma acelerada nos últimos anos.

Segundo dados do setor, obtidos pela TV Globo, as vendas de ciclomotores elétricos aumentaram 32% no país nos primeiros oito meses de 2025, e 72% na capital paulista.

Nova regra

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os ciclomotores são veículos de duas ou três rodas, com potência de até 4 mil watts e velocidade máxima de fábrica de 50 km/h. Hoje, boa parte desses condutores circula sem identificação, capacete ou habilitação, o que dificulta a fiscalização.

Com a nova norma, o cenário muda:

• Capacete obrigatório: o item de segurança passa a ser exigido para todos os condutores e passageiros;

• Placa e registro: os ciclomotores deverão ter emplacamento e documento do veículo, como ocorre com motos;

• Habilitação: será necessária a categoria A (para motos) ou a ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotores), mais simplificada;

• Circulação restrita: permanece proibido trafegar em ciclovias e ciclofaixas, infração que passará a ser mais fiscalizada.

A regulamentação também facilita o trabalho das autoridades de trânsito, que poderão apreender e multar quem estiver fora das normas.

Por que a mudança?

O aumento de ciclomotores e bicicletas elétricas sem registro tem gerado problemas de segurança e convivência no trânsito, especialmente em áreas de grande fluxo de pedestres e ciclistas.

O objetivo das novas regras é distinguir os diferentes tipos de veículos e garantir que apenas os modelos que respeitam as normas possam circular em vias públicas.

A fiscalização será gradual ao longo de 2025, com campanhas educativas, antes de a punição entrar em vigor.

O que não muda

As novas regras não se aplicam a bicicletas elétricas com pedal assistido, nem a patinetes e monociclos elétricos — os chamados autopropelidos, que atingem até 32 km/h. Para esses, valem as regras atuais, que variam conforme regulamentação municipal.