\n \n A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) abriu processo\n administrativo nesta quarta-feira (20) para apurar denúncia de racismo feita\n por uma mãe de aluno do Centro Pedagógico da Escola de Educação e\n Profissionalização, unidade especial de ensino fundamental da universidade, que\n funciona no Campus Pampulha, em Belo Horizonte. \n \n O estudante negro de 14 anos foi chamado de "macaco" pelo\n professor de português, de 49 anos, cujo nome não foi divulgado, ao término da\n aula na segunda-feira (18). \n \n Segundo a diretora do Centro Pedagógico, Tânia Lima Costa, nesse\n dia, o professor passou para os alunos o filme "À Procura da\n Felicidade" (2006), que tem o ator negro norte-americano Will Smith como\n protagonista. Após a transmissão, como o aluno "brincava" e\n "conversava" em sala de aula, o professor o chamou de\n "macaco".\n \n "Conversei com todos os envolvidos, o aluno, o professor, o\n monitor, os pais do estudante e os outros alunos. O professor confirmou o fato,\n mas diz que não quis ofender. Para ele, sua fala foi tirada de contexto. O\n aluno, por sua vez, se sentiu ofendido e reclamou para os pais. É uma situação\n nova, que nunca experimentamos. Assim, a UFMG optou por abrir o processo\n administrativo para que o caso seja melhor avaliado", afirmou a diretora,\n professora há 30 anos na escola. \n \n Segundo a diretora, o professor pode sofrer uma advertência verbal\n ou mesmo ser expulso dos quadros da UFMG. A comissão que vai avaliar o fato,\n formada por três professores da universidade, tem 60 dias para investigar os\n fatos e emitir seu parecer. \n \n O professor é doutor em linguística, leciona há 20 anos no Centro\n Pedagógico e trata-se da primeira questão administrativa que enfrenta na UFMG,\n explica a diretora. \n \n \n \n \n