\n \n Alunos\n das faculdades de direito da USP, PUC e Mackenzie se uniram a 31 diretórios\n acadêmicos para entrar com pedido de habeas corpus coletivo, em nome do\n movimento estudantil, para todos os presos nas manifestações contra o aumento\n da tarifa do transporte público. \n \n Outro\n pedido de habeas corpus coletivo será feito amanhã para evitar que\n manifestantes sejam presos em futuros protestos, como o marcado para a próxima\n segunda-feira (17), no Largo da Batata. \n \n No\n protesto de ontem, ao menos 235 manifestantes foram detidos. Após prestar\n depoimento, 231 foram liberados. Os quatro restantes seguem presos, sem direito\n a pagamento de fiança, acusados de formação de quadrilha. Eles estão detidos na\n carceragem do 2º DP (Bom Retiro) e devem ser transferidos para um CDP (Centro\n de Detenção Provisória) ao longo desta sexta-feira (14). \n \n Hoje,\n a Justiça mandou soltar 12 dos 13 manifestantes que estavam presos sob acusação\n de terem participado de atos violentos nas manifestações da última terça-feira.\n Só continua preso o jornalista Raphael Sanz Casseb, 26, acusado de ter colocado\n fogo numa guarita da Polícia Militar na região da avenida Paulista. Além da\n prisão, Casseb teve arbitrada uma fiança de R$ 20 mil. Ele é acusado de\n incêndio criminoso. \n \n A\n decisão de apoiar os detidos foi tomada durante encontro promovido pelo Centro\n Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito do largo São Francisco (USP),\n na tarde desta sexta-feira, para discutir a mobilização contra o aumento das\n tarifas do transporte público. O encontro reúne cerca de 300 estudantes. \n \n "Somos\n advogados. Temos conhecimentos específicos que podem ajudar", disse\n Catarina Pellegrino, 23, presidente do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito\n Mackenzie. \n \n Além\n dos estudantes do largo São Francisco, estão presentes diretórios das\n faculdades de direito da PUC e do Mackenzie; de comunicação e artes do\n Mackenzie e da Cásper Líbero; da biologia da USP, do Diretório Central dos\n Estudantes da USP; da engenharia elétrica e produção da Poli-USP e da juventude\n do PT. \n \n Os\n universitários ainda condenaram a ação da Polícia Militar e exigiram que a\n Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado se manifestem sobre os\n confrontos. "Somos a favor das manifestações e contra a maneira com que os\n governos Alckmin e Haddad trataram a questão policial", disse um\n representante do diretório da USP. \n \n \n \n \n