Brasil
19/08/2014 09:00:00
Pesquisa diz que 93% estão insatisfeitos com SUS e saúde privada
Já os serviços considerados de mais fácil acesso são a distribuição de remédios gratuitos pela rede pública - 53% consideram fácil - e o atendimento em postos de saúde (47%).
G1/AB
Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha a pedido do Conselho Federal de\n Medicina (CFM) aponta que 93% dos eleitores brasileiros avaliam os serviços\n público e privado de saúde como péssimos, ruins ou regulares. Entre os usuários\n do Sistema Único de Saúde (SUS), 87% dos entrevistados declararam insatisfação\n com os serviços oferecidos.\n \n Na pesquisa, foi pedido aos entrevistados que dessem notas de zero a dez\n para a saúde no Brasil e para o SUS. O estudo considera ruins ou péssimas as\n notas de zero a quatro. De cinco a sete, a avaliação é considerada regular.\n \n O Datafolha ouviu 2.418 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 3 e 10 de\n junho deste ano. A pesquisa foi realizada em todas as cinco regiões do país.\n \n O levantamento apontou que nos últimos dois anos, 92% da população\n brasileira buscou atendimento no SUS e 89% da população conseguiu ser atendida\n pelo sistema público.\n \n De acordo com o levantamento, 57% dos eleitores brasileiros consideram que a\n saúde deveria ser tema prioritário para o governo federal. Em seguida estão a\n educação (18%) e o combate à corrupção (8%).\n \n Para o presidente do CFM, Roberto Dávila, a pesquisa mostra a\n "insatisfação da população". Dávila disse ainda que não se pode\n tratar a saúde como "bem de consumo".\n \n "A situação é extremamente grave. Mas toda vez que nós falamos, sempre\n é levantada a possibilidade de um viés corporativo. A pesquisa mostra a\n insatisfação da população", afirmou o presidente do CFM.\n \n "Saúde é um dever do Estado e um direito da população. A saúde não é um\n bem de consumo. É um bem público", concluiu.\n \n Tempo de espera no SUS
\n Outro ponto destacado pelos entrevistados foi o tempo de espera para o\n atendimento no SUS. Das pessoas ouvidas, 725 (30%) disseram estar esperando a\n marcação ou realização de algum serviço no Sistema Único de Saúde ou disseram\n que tê alguém da família nessa situação.\n \n Destes 725, 24% disseram que estão na fila de espera há até um mês; 47%\n disseram aguardar o atendimento há entre um e seis meses; e 29% dizem que\n aguardam na fila do SUS há mais de seis meses - algo em torno de 210 pessoas.\n \n Segundo a pesquisa, as maiores taxas de pessoas que aguardam na fila do SUS\n estão entre as mulheres de 25 a\n 55 anos, de classes sociais mais baixas, residentes em regiões metropolitanas e\n no Sudeste do Brasil.\n \n Serviços do SUS
\n Entre os serviços oferecidos pelo SUS e considerados de difícil acesso, 33% dos\n entrevistados consideram o acesso às cirurgias "muito difícil". Em\n seguida, estão procedimentos específicos como quimioterapia e hemodiálise\n (23%), o serviço de atendimento em casa - conhecido como "home care"\n (21%) e internações hospitalares (20%).\n \n Já os serviços considerados de mais fácil acesso são a distribuição de\n remédios gratuitos pela rede pública - 53% consideram fácil - e o atendimento\n em postos de saúde (47%).
\n Outro ponto destacado pelos entrevistados foi o tempo de espera para o\n atendimento no SUS. Das pessoas ouvidas, 725 (30%) disseram estar esperando a\n marcação ou realização de algum serviço no Sistema Único de Saúde ou disseram\n que tê alguém da família nessa situação.\n \n Destes 725, 24% disseram que estão na fila de espera há até um mês; 47%\n disseram aguardar o atendimento há entre um e seis meses; e 29% dizem que\n aguardam na fila do SUS há mais de seis meses - algo em torno de 210 pessoas.\n \n Segundo a pesquisa, as maiores taxas de pessoas que aguardam na fila do SUS\n estão entre as mulheres de 25 a\n 55 anos, de classes sociais mais baixas, residentes em regiões metropolitanas e\n no Sudeste do Brasil.\n \n Serviços do SUS
\n Entre os serviços oferecidos pelo SUS e considerados de difícil acesso, 33% dos\n entrevistados consideram o acesso às cirurgias "muito difícil". Em\n seguida, estão procedimentos específicos como quimioterapia e hemodiálise\n (23%), o serviço de atendimento em casa - conhecido como "home care"\n (21%) e internações hospitalares (20%).\n \n Já os serviços considerados de mais fácil acesso são a distribuição de\n remédios gratuitos pela rede pública - 53% consideram fácil - e o atendimento\n em postos de saúde (47%).