VERSÃO DE IMPRESSÃO
Brasil
31/07/2014 11:33:58
Polícia investiga se mais crianças foram mortas para ritual no PR
Vanessa Aparecida Ramos confessou ter matado a filha com a ajuda de Giulia para um ritual regilioso.

R7/AB

A\n Polícia Civil de Cascavel (PR) informou que vai investigar se Giulia \n Albuquerque incentivou mais mulheres a cometer crimes contra crianças, \n como a morte da pequena Maria Clara Zortea Ramalho. Vanessa Aparecida \n Ramos confessou ter matado a filha com a ajuda de Giulia para um ritual \n regilioso. \n Segundo a polícia, Giulia já tinha um histórico de maus-tratos contra os\n próprios filhos e pode ter feito outras vítimas, inclusive em São \n Paulo, onde já morou. Com a prisão da suspeita, os dois filhos dela \n foram encaminhados a um abrigo. \n Em depoimento da mãe, na terça-feira (29), à polícia de Cascavel, \n Vanessa relatou que a agressão era parte de um plano espiritual de Deus.\n E que a garota era possuída por demônios. \n “Ela (amiga) dizia que Deus tinha um plano na minha vida e que Deus ia \n mudar a minha história, que eu ia ter marido, prosperidade e toda essa \n história, só que para eu receber isso tinha um plano espiritual que eu \n tinha que fazer. E esse plano era corrigir os meus filhos e que se eles \n fizessem alguma coisa errada tinham que ser castigados. Eles tinham que \n apanhar.” \n No dia do crime, a menina, que já havia sido espancada, foi colocada \n ainda com vida no porta-malas do carro durante a madrugada como um \n processo de purificação. Pela manhã, Vanessa pediu para Giulia que a \n retirasse, mas ouviu da amiga que "Deus quer que ela fique um pouco \n mais" e que ela deveria ficar mais tempo para ser purificada. \n A dupla contou à polícia que esse procedimento - de espancamento - fazia\n parte de um ritual para tirar um suposto demônio que havia na garota e \n que o procedimento fazia parte de um ritual de purificação, pois a \n criança era possuída pelo demônio. No dia seguinte (5 de março) as duas \n abriram o porta-malas e a encontraram sem vida. \n “Tiramos Maria Clara do carro e levamos para casa. Ela me disse para \n sair e deixar ela fazer respiração boca a boca. Depois de dez minutos \n voltei para o cômodo e vi que ela estava morta.” \n Tudo só começou a ser investigado porque o pai de Vanessa procurou a \n polícia na semana passada e disse que a filha e a neta estavam \n desaparecidas porque não retornavam a nenhuma tentativa de contato. \n Durante as investigações a polícia conseguiu desvender o crime e prendeu\n as duas suspeitas em um terminal de ônibus. \n A mãe de Maria Clara e a amiga foram com a polícia até o local onde \n enterraram o corpo. A ossada foi recolhida e passará por exame de DNA \n para confirmar se trata-se dos restos mortais de Maria Clara, o que pode\n demorar até 20 dias. O pai da menina também já foi ouvido e afirmou que\n procurou o Conselho Tutelar porque soube que a filha não frequentava a \n escola desde fevereiro.