VERSÃO DE IMPRESSÃO
Brasil
22/05/2014 06:34:57
Policiais civis do RJ decidem fazer paralisação por mais 24 horas
Decisão foi tomada em assembleia na noite desta quarta-feira (21). Serviços essenciais continuarão sendo oferecidos nesta sexta.

G1/PCS

Mesmo após o anúncio de que o governador Luis Fernando Pezão irá receber os\n policiais civis no Palácio Guanabara na manhã desta quinta-feira (22), a\n categoria votou pela manutenção da paralisação iniciada nesta quarta (21) por\n mais 24 horas, até 0h de sexta (23). A decisão foi tomada após uma assembleia\n que durou cerca de duas horas no Clube Municipal, na Tijuca, na Zona Norte do\n Rio.\n \n Entre as principais reivindicações dos policiais, está a incorporação de uma\n gratificação de R$ 850 ao salário da polícia. A gratificação será parcelada até\n 2018. O tema será o mais importante da reunião desta quinta-feira. Os policiais\n civis irão se concentrar na Cidade da Polícia às 12h, após a reunião dos\n líderes da categoria com o governador.nbsp;
\n
\n "Espero que o governo tenha a sensibilidade nbsp;para negociar conosco, e\n que o secretário Beltrame também nos ajude, já que foi interlocutor desse\n aumento . A categoria foi empurrada para esse momento devido à demora do\n governo do Estado em definir a respeito dessa gratificação", disse\n Francisco, que anunciou também que anbsp;Operação Repressão Qualificada",\n na qual viaturas da polícia civil realizam patrulhamento preventivo nas ruas do\n Rio, não será mais feita pelos agentes policiais civis do RJ devido a falta de\n pagamento (RAS).
\n
\n Além disso, duas novas mobilizações da Polícia Civil já estão marcadas: um\n evento de doação de sangue no Hemorio, no Centro da cidade, no dia 28 de maio;\n e um protesto de policiais no Aeroporto Internacional do Galeão, na Zona Norte\n da cidade, no dia 6 de junho.\n \n O chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, declarou ser a favor da\n incorporação das gratificações ao salário do policial civil, que é a principal\n reivindicação da categoria. O presidente do Sindpol, Francisco Chao, não\n escondeu que ficou satisfeito com a notícia da reunião com o governador Luiz\n Fernando Pezão, nesta quinta-feira (21), mas disse que ainda é prematuro fazer\n qualquer previsão a respeito de uma nova paralisação no futuro. Segundo ele,\n amanhã é o ultimo dia para uma negociação que leve a votação de um projeto de lei\n que incorpore a gratificação.
\n
\n “É muito bom saber disso, mas precisamos resolver isso rápido, porque isso tem\n que chegar à Alerj [Assembleia Legislativa] o mais rápido possível. Eles não\n vão poder resolver isso em junho. Isso tem que ser feito o mais rápido\n possível", disse Chao, que irá amanhã à reunião com uma comissão de 20\n policiais.
\n
\n Protesto
\n Eles interditaram parcialmente a Avenida Dom Hélder Câmara, às 14h30, em\n protesto. O grupo pretendia fazer uma manifestação dentro da Cidade da Polícia.\n No entanto, depois que a imprensa foi impedida de entrar, os policiais saíram e\n fecharam a via por cerca de 10 minutos até serem convencidos a retornar à sede\n da corporação. Em seguida, o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, chegou ao\n local e liberou a entrada dos jornalistas.\n \n "Se o sindicato queria que a imprensa entrasse, ela entraria. O momento\n é de muita serenidade. Querer gritar e falar alto não vai resolver nada. Nunca\n restringi o acesso da imprensa. Jamais iria fazer isso como chefe de polícia.\n Se houve um ruído no contato, a gente tem que consertar isso. Não digam que\n estão restringindo porque não estão e jamais faríamos isso", disse Veloso,\n acrescentando que o sindicato pediu para usar a área da Cidade da Polícia, o\n que foi atendido. "O pleito dos policiais é justo e não tem ninguém\n contra."\n \n Por volta das 15h30, Veloso se reuniu com os líderes da paralisação. Após a\n reunião, Francisco Chao presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol),\n falou que a paralisação desta quarta é um sucesso e transcorre na "mais\n absoluta ordem".\n \n "E óbvio que a gente lamenta os pequenos transtornos que a gente acaba\n causando para as pessoas que acabam procurando as delegacias e não tiveram as\n ocorrências registradas. A gente lamenta isso profundamente", explicou\n Chao.\n \n Reivindicações
\n Policiais civis iniciaram à 0h desta quarta-feira (21) uma paralisação de 24\n horas. A categoria pede que as gratificações sejam incorporadas ao salário,\n além de aumento no vale-transporte e no tíquete-refeição. O presidente do\n sindicato, Francisco Chao, informou que, apesar da paralisação, policiais vão\n trabalhar nas delegacias para atender às ocorrências mais graves.\n \n “Não é uma greve, é uma paralisação pontual de 24 horas. Nós iremos manter\n os registros de ocorrência de fatos envolvendo violência, por exemplo, roubo de\n veículos, casos de violência doméstica e furto de veículo também. As\n investigações é que vão sofrer solução de continuidade nessa paralisação de 24\n horas. O policial não vai deixar de vir à delegacia para ir à praia. Ele vai estar\n aqui na delegacia, vai estar presente. E óbvio, como a gente vai atuar em cima\n dos casos essenciais, os 30% do efetivo que a lei de greve exige vão atuar\n exatamente nesses 30% dos casos essenciais”, disse Chao.\n \n \n