Brasil
25/08/2013 07:31:11
Senador boliviano chega a Brasília e agradece autoridades brasileiras
Pinto deixou La Paz em um carro da embaixada brasileira e foi até Corumbá (MS), de onde seguiu para a capital.
G1/AB
\n \n O\n senador boliviano Roger Pinto desembarcou à 1h10 deste domingo (25) no\n aeroporto internacional de Brasília acompanhado pelo senador Ricardo Ferraço\n (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. Pinto\n deixou La Paz em\n um carro da embaixada brasileiranbsp; e foi até Corumbá (MS), de onde seguiu\n para a capital.\n \n O\n senador estava asilado na embaixada brasileira na Bolívia havia mais de um ano,\n alegando perseguição política do governo Evo Morales. Ao desembarcar em\n Brasília, Pinto agradeceu às autoridades brasileiras.\n \n Fiz\n boa viagem acompanhado do senador. Devo agradecer a todo Brasil e suas\n autoridades.\n \n Segundo\n o senador Ferraço, Pinto utilizou o carro da embaixada brasileira acompanhado\n de fuzileiros navais e viajou por 22 horas até Corumbá. Já na cidade\n brasileira, ele foi recebido por agentes da Polícia Federal. Pinto embarcou em\n avião particular de familiares de Ferraço até Brasília, onde vainbsp; ficar no\n apartamento do senador brasileiro. De acordo com Ferraço, a organização para a\n vinda de Pinto foi feita "em conjunto" entre as autoridades\n brasileiras.\n \n Questionado\n se temia o fato de ter vindo ao Brasil sem a Bolívia conceder salvo-conduto,\n documento que garante o livre trânsito em determinado território, e se isso\n atrapalharia as negociações para asilo político, Pinto preferiu não responder e\n disse "esperar um momento oportuno uma vez que conheça a decisão das autoridades".\n \n "Espero\n que continue meu asilo, eu tenho asilo e espero que continue", disse\n Pinto.\n \n Ferraço\n afirmou que o Brasil já havia solicitado o salvo-conduto e trata-se de\n "uma iniciativa de soberania nacional" e que o país fez "gesto\n de solidariedade humana".\n \n "À\n medida em que o governo brasileiro já tinha dado asilo e já tinha solicitado\n salvo-conduto e o salvo-conduto é de fato uma iniciativa de soberania nacional,\n eu não vejo qualquer problema na vinda dele para o Brasil que é, antes de tudo,\n um gesto de solidariedade humana. Foram 455 dias em condições absolutamente\n restritas e estamos diante de um perseguido político por ausência de democracia\n na Bolívia", afirmou o parlamentar brasileiro.\n \n "Nos\n tempos mais difíceis, nas ditaduras mais duras daqui da América do Sul, como o\n caso donbsp; de Augusto Pinochet do Chile, todos os salvos-condutos foram\n concedidos portanto estamos diante de uma ditadura arbitrária", completou\n Ferraço.\n \n A\n ministra boliviana da Comunicação, Amanda Dávila, disse no sábado (24) que se Pinto\n não estivesse mais na Bolívia, "seu status mudou de refugiado para\n foragido da Justiça, sujeito à extradição".\n \n Segundo\n Ferraço, Pinto veio na condição de refugiado. Ele não é foragido. Ele foi\n recepcionado em Corumbá, adotou todos os procedimentos. O governo brasileiro já\n tinha concedido asilo político antes do salvo-conduto. Ele está acolhido no\n Brasil como refugiado, como perseguido político, disse Ferraço.\n \n "O\n importantenbsp; é que ele está seguro, com sua vida preservada, portanto\n distante de qualquer tipo de perseguição politica como ele vinha sofrendo na\n Bolívia simplesmentenbsp; era o líder da oposição e porque denuncia todo o\n envolvimento do narcotráfico na Bolívia", completou.\n \n A\n mulher, os três filhos e quatro netos do senador boliviano também estão no\n Brasil. Eles chegaram meses atrás. O Itamaraty não quis comentar a chegada de\n Pinto ao Brasil.\n \n Processos
\n O senador temia ser detido em decorrência de algum dos mais de 20 processos que\n o governo boliviano move contra ele. O político é acusado de vários de crimes\n de corrupção no país.\n \n Pinto\n foi condenado a um ano de prisão na Bolívia por danos econômicos ao estado. Dez\n dias depois, recebeu asilo político do Brasil, porém não tinha autorização do\n governo da Bolívia para deixar o país.\n \n \n \n \n
\n O senador temia ser detido em decorrência de algum dos mais de 20 processos que\n o governo boliviano move contra ele. O político é acusado de vários de crimes\n de corrupção no país.\n \n Pinto\n foi condenado a um ano de prisão na Bolívia por danos econômicos ao estado. Dez\n dias depois, recebeu asilo político do Brasil, porém não tinha autorização do\n governo da Bolívia para deixar o país.\n \n \n \n \n