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Cidades
30/09/2015 11:45:00
Com 5,5 mil casos, 8 mulheres são vítimas de violência por dia em Campo Grande

Correio do Estado/AB

Com aumento de casos de violência contra a mulher nos últimos dias, a Polícia Civil divulgou nesta quarta-feira (28) detalhes de casos que chamaram a atenção e que revelam que do início do ano até agora 5,5 mil mulheres foram vítimas em Campo Grande, uma média de 8 mulheres agredidas de forma física, mortal, psicológica ou sexual por dia na Capital.

Do total de casos de violência na cidade, 70 foram de estupro, 14 tentativas de feminicídio e três mortes violentas de mulheres.

Um dos casos graves registrados nos últimos dias aconteceu em 24 de setembro e terminou com a morte de Izabel de Oliveira, de 40 anos. Ela foi assassinada com quatro tiros pelo companheiro Valdenir Almeida de Araújo, de 27 anos, no Jardim Sayonara. A Justiça já expediu prisão do suspeito, que está foragido.

Outros casos também chamaram atenção. No último dia 23, no bairro Recanto dos Rouxinóis, uma mulher de 25 anos quase foi morta pelo companheiro Anderson Rodrigues de Campos, de 27 anos.

De acordo com a delegada Anne Karine Trevisan, a vítima que é da Capital conheceu o rapaz no Facebook e se mudou para Angélica, cidade do interior do Estado, para viver com ele. Depois de cinco meses, as agressões iniciaram e ela decidiu terminar o relacionamento.

Revoltado, Anderson usou uma arma branca para ferir a companheira no pescoço. A jovem se salvou e Anderson foi preso no dia seguinte.

MAIS VIOLÊNCIA

No último sábado (26), na Fazenda Bom Retira, às margens da BR-163, na Capital, Bruno Ortiz Trozes, de 50 anos, tentou matar a mulher de 64 anos com oito golpes de faca depois de uma discussão. Ele foi preso em flagrante e também apresentado nesta quarta-feira.

No dia seguinte, outro caso violento. Luiz de Lima, de 55 anos e que está evadido, tentou matar a mulher de 54 anos com golpes de faca. O crime aconteceu no bairro onde os dois viviam, no Maria Aparecida Pedrossian. A vítima continua internada na Santa Casa da Capital.

Titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Rozely Molina, ressalta que as mulheres precisam perder o medo e a fé no companheiro e denunciar agressões assim que elas acontecerem.

“No primeiro sinal de violência, a mulher deve procurar por ajuda porque o ato tende e agravar e culminar no feminicídio”, explica.

Os casos que ainda não tiveram prisão de autores continuam em investigação.