Cidades
27/02/2014 09:00:00
Gasto exorbitante com Carnaval de ONG causa polêmica em Bonito
Procurado pela reportagem, o prefeito Leonel Brito, o Leleco (PT do B), não atendeu às ligações.
CG News/AB
A decisão da prefeitura de Bonito, a 257 quilômetros de Campo Grande, de\n repassar a quantia astronômica de R$ 350 mil para uma ONG realizar o \n Carnaval de 2014, e ainda gastar, por fora, R$ 65 mil para contratar uma\n banda, é considerada incompatível com a realidade do município por \n parlamentares e quem acompanhou de perto a destinação do dinheiro do \n público.nbsp;A revolta surge em meio à graves falhas na prestação de \n serviços básicos pela prefeitura,nbsp;enquanto o Carnaval da cidade será o \n mais caro do Estado.
Os gastos com os cinco dias de festa foram discriminados em um \n projeto de lei, aprovado pela Câmara de Vereadores na terça-feira (25). O\n ponto mais obscuro, diz quem votou contra, é a despesa com \n organização (R$ 15 mil). O chamamento público foi claro ao \n especificar instituição sem fins lucrativos. Então porque a organização \n vai receber esse dinheiro, se já tem R$ 350 mil em caixa?, questiona o \n vereador João Ligeiro (PDT). A vencedora da concorrência foi o Idems \n (Instituto para o Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul).Somente \n com hospedagem, por exemplo, as despesas somam R$ 30,1 mil. Também há \n discrepâncias quanto ao item infraestrutura (R$ 18,7 mil), já que R$ \n 59,1 foram destinados ao palco, som, iluminação, painel de LED e \n gerador.Morador de Bonito, o médico Laércio Miranda, denuncia a \n situação da saúde. Não há fornecimento de remédios, há postos de saúde \n fechados por até dois meses e pessoas ficam meses na fila de espera por \n uma fisioterapia ou mesmo por uma simples consulta ou exame, além de \n buracos distribuídos desde a chegada a Cidade até a saída pro Pantanal,\n disse o médico em publicação nas redes sociais.Contra o Carnaval?\n Vereadores e moradores contrários ao projeto alegam apoiar o \n Carnaval, mas não concordam com a forma como será organizado pela \n prefeitura. Passou da hora de o prefeito ser mais transparente com os \n gastos, já que esta foi uma das promessas de campanha, inclusive com a \n criação de um Portal da Transparência. A torcida é para um Carnaval bem \n organizado, que dê certo. E que depois da folia, a população veja a \n prefeitura trabalhar, já que até hoje, a grande obra foi um quebra-mola \n que, de tão mal feito, precisou passar por reparos, comenta o \n empresário de turismo e membro do diretório do PSD de Bonito, Bosco \n Martins.Manobra A liberação do dinheiro para o\n Idems não precisaria passar pela aprovação do Legislativo, e João \n Ligeiro enxerga a medida do Executivo como uma falsa tentativa de ser \n transparente. Segundo ele, antes mesmo de ser apreciado pela Casa, \n cartazes da Ecofolia Carnaval da Natureza estavam espalhados pela \n cidade, com o nome do Idems como organizador.O prefeito tem oito\n vereadores na base, sabia que o projeto passaria, sem na realidade ter a\n obrigação de enviá-lo para Câmara. Essa foi uma tentativa de mostrar \n uma transparência que não existe, e ofende a inteligência dos vereadores\n da cidade, opina.Votado em regime de urgência, três dos 11 \n vereadores - João Ligeiro, Lindamar Silva (ambos do PDT) e Ozair Xavier \n (PSD), que fazem oposição ao prefeito deram voto contrário.Procurado pela reportagem, o prefeito Leonel Brito, o Leleco (PT do B), não atendeu às ligações.
Os gastos com os cinco dias de festa foram discriminados em um \n projeto de lei, aprovado pela Câmara de Vereadores na terça-feira (25). O\n ponto mais obscuro, diz quem votou contra, é a despesa com \n organização (R$ 15 mil). O chamamento público foi claro ao \n especificar instituição sem fins lucrativos. Então porque a organização \n vai receber esse dinheiro, se já tem R$ 350 mil em caixa?, questiona o \n vereador João Ligeiro (PDT). A vencedora da concorrência foi o Idems \n (Instituto para o Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul).Somente \n com hospedagem, por exemplo, as despesas somam R$ 30,1 mil. Também há \n discrepâncias quanto ao item infraestrutura (R$ 18,7 mil), já que R$ \n 59,1 foram destinados ao palco, som, iluminação, painel de LED e \n gerador.Morador de Bonito, o médico Laércio Miranda, denuncia a \n situação da saúde. Não há fornecimento de remédios, há postos de saúde \n fechados por até dois meses e pessoas ficam meses na fila de espera por \n uma fisioterapia ou mesmo por uma simples consulta ou exame, além de \n buracos distribuídos desde a chegada a Cidade até a saída pro Pantanal,\n disse o médico em publicação nas redes sociais.Contra o Carnaval?\n Vereadores e moradores contrários ao projeto alegam apoiar o \n Carnaval, mas não concordam com a forma como será organizado pela \n prefeitura. Passou da hora de o prefeito ser mais transparente com os \n gastos, já que esta foi uma das promessas de campanha, inclusive com a \n criação de um Portal da Transparência. A torcida é para um Carnaval bem \n organizado, que dê certo. E que depois da folia, a população veja a \n prefeitura trabalhar, já que até hoje, a grande obra foi um quebra-mola \n que, de tão mal feito, precisou passar por reparos, comenta o \n empresário de turismo e membro do diretório do PSD de Bonito, Bosco \n Martins.Manobra A liberação do dinheiro para o\n Idems não precisaria passar pela aprovação do Legislativo, e João \n Ligeiro enxerga a medida do Executivo como uma falsa tentativa de ser \n transparente. Segundo ele, antes mesmo de ser apreciado pela Casa, \n cartazes da Ecofolia Carnaval da Natureza estavam espalhados pela \n cidade, com o nome do Idems como organizador.O prefeito tem oito\n vereadores na base, sabia que o projeto passaria, sem na realidade ter a\n obrigação de enviá-lo para Câmara. Essa foi uma tentativa de mostrar \n uma transparência que não existe, e ofende a inteligência dos vereadores\n da cidade, opina.Votado em regime de urgência, três dos 11 \n vereadores - João Ligeiro, Lindamar Silva (ambos do PDT) e Ozair Xavier \n (PSD), que fazem oposição ao prefeito deram voto contrário.Procurado pela reportagem, o prefeito Leonel Brito, o Leleco (PT do B), não atendeu às ligações.