Campo Grande está com o atendimento de emergência à beira do\n colapso desde a noite de ontem após a Santa Casa suspender o atendimento de\n ortopedia.
Comunicada da decisão, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde)\n realiza reunião de emergência para definir como fica o atendimento às vítimas\n de traumas e acidentes na Capital.\n \n O hospital informou que 36 pacientes com fraturas aguardam\n uma vaga no centro cirúrgico. Como só os casos muito graves estão sendo\n priorizados, o estabelecimento suspendeu o atendimento de emergência no setor\n de ortopedia por 24 horas e pode ampliar a medida por mais 48 horas.\n \n Ontem à noite, a Santa Casa notificou a Sesau, Secretaria\n Estadual de Saúde, MPE (Ministério Público Estadual) e MPF (Ministério Público\n Federal). O hospital alega que realiza 2,5 mil cirurgias por mês, o que já\n supera a capacidade do centro cirúrgico.\n \n A reunião de emergência vai contar com a presença dos\n secretários de Saúde do município, Jamal Salem, e do Estado, Antônio Lastória,\n e representantes da Santa Casa, do Hospital do Pênfigo e do Hospital\n Universitário. O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian\n informou que não enviará representante.\n \n A Santa Casa só vai continuar recebendo vítimas de acidente\n com trauma neurológico, porque é a única instituição referência para este tipo\n de atendimento em Campo Grande.\n \n Sem vagas nos hospitais há meses, a Sesau já vinha até\n improvisando CTI (Centro de Terapia Intensivo) nas UPAs (Unidades de Pronto\n Atendimento) e centros regionais de saúde. Camila Delmondes Flores, 24 anos,\n morreu no Hospital Universitário após ficar em uma unidade de emergência\n improvisada por 48 horas na UPA da Vila Almeida.\n \n \n