\n \n Graças\n a um projeto que surgiu da pressão popular, brasileiros com autismo vão ter os\n mesmos direitos de pessoas com deficiência, para todos os efeitos legais. A\n garantia foi conquistada ontem (6) com a aprovação no plenário do Senado do\n Projeto de Lei do Senado 168/11, que cria a Política Nacional de Proteção dos\n Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.\n \n A\n lei está sendo vista por pais e especialistas como uma Carta Magna dos autistas\n no Brasil. A partir dela, essas pessoas vão, por exemplo, ter direito a\n tratamento multidisciplinar e diagnóstico precoce. As famílias também foram\n contempladas: além de acompanhamento psicológico, os pais ou responsáveis por\n pessoas com autismo terão horário especial no trabalho.\n \n “O\n tratamento dessas pessoas requer tempo e muitos profissionais, por isso, esse\n horário especial é necessário para adequar a rotina da família”, explica a\n microempresária, Berenice de Piana, mãe de Dayan de Piana, de 18 anos. Ainda\n segundo Berenice, que também é integrante do Mundo Azul – grupo de pais de\n Itaboraí, no Rio de Janeiro, em defesa do autista – essa lei é muito importante\n “porque tira essas pessoas do limbo”. Ela ressalta que antes da aprovação do\n projeto - que agora só depende da sanção da presidenta, Dilma Rousseff, para virar\n lei - os autistas não eram considerados nem pessoas normais, nem com\n deficiência.\n \n No\n Brasil, não há estatísticas oficiais sobre o transtorno funcional, mas segundo\n a Associação em Defesa do Autista (Adefa), uma das que ajudou na construção da\n proposta, cerca de 2 milhões de brasileiros têm o problema. Segundo a entidade,\n o autismo chega a ser mais comum entre crianças, que doenças como a aids e o\n diabetes. Para resolver o problema da falta de estatísticas oficiais, o projeto\n cria um cadastro único dos autistas.nbsp;\n \n \n \n \n