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Comportamento
11/08/2025 07:51:00
Neurologista recomenda romã para preservar memória após os 50 anos
Rica em polifenóis, a romã possui efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e neuroprotetores, ajudando na memória e na prevenção de doenças como Alzheimer e Parkinson.

NM/PCS

Existem diversas estratégias para manter uma vida longa e saudável, e um dos órgãos que mais merecem atenção nesse processo é o cérebro.

Muito já se sabe sobre hábitos que ajudam na saúde cerebral, como dormir ao menos sete horas por noite ou praticar quebra-cabeças, mas a alimentação também exerce papel fundamental na função cognitiva. Especialistas recomendam uma dieta rica em frutas, vegetais verdes, nozes, grãos integrais e peixes para favorecer o envelhecimento saudável do cérebro.

Em entrevista ao site Parade, o neurologista e professor da Faculdade de Medicina de Nova York Mill Etienne destacou quais frutas pessoas acima dos 50 anos deveriam consumir com mais frequência. Entre as opções conhecidas pelos benefícios cognitivos estão frutas vermelhas, uvas e cítricos, ricos em antioxidantes — substâncias que protegem as células contra danos causados pelo estresse oxidativo e ajudam a preservar neurônios e outras células cerebrais, favorecendo a memória e a capacidade de raciocínio.

No entanto, Etienne aponta que a fruta mais indicada para a saúde cerebral pode surpreender: a romã. Rica em polifenóis, a romã oferece potentes efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e neuroprotetores. Segundo o especialista, ela melhora a aprendizagem e a memória, além de ajudar a proteger o cérebro contra a proteína beta-amilóide, associada ao Alzheimer.

O Alzheimer é a forma mais comum de demência e afeta cerca de 7 milhões de americanos, atingindo aproximadamente uma em cada nove pessoas acima de 65 anos. Estudos sugerem que as propriedades anti-inflamatórias da romã podem ajudar a prevenir ou retardar a progressão não apenas do Alzheimer, mas também de outras doenças neurodegenerativas, como o Parkinson.

Mais do que prevenir doenças, manter o cérebro ativo aos 50, 60 anos ou mais é essencial para preservar a capacidade de pensar criticamente, aprender, gerenciar tarefas diárias, interagir socialmente e manter a independência. A romã, fresca ou em forma de extrato, pode ser uma aliada desde que a versão industrializada não contenha açúcares adicionados.

O consumo, no entanto, deve ser orientado por um médico, pois a fruta pode interagir com medicamentos como anticoagulantes, estatinas, inibidores da ECA e antidepressivos.