Correio do Estado/LD
A carne bovina, vendida no varejo de Campo Grande, encareceu mais que o dobro da inflação. Na comparação com janeiro de 2014, o alimento está, em média, 17,76% mais caro, enquanto a alta geral dos preços, acumulada em um ano, foi de 6,25%. Oferta menor que a procura e avanço das exportações explicam esse cenário, de acordo com o coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nepes), da Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza.
Dos 14 cortes bovinos pesquisados pelo Nepes, 12 encareceram e dois ficaram mais baratos no período de um ano (janeiro de 2015 em relação a mesmo mês de 2014). As deflações foram verificadas nos preços do contrafilé (cujo quilo era vendido, em média, por R$ 20,09 há um ano e por R$ 18,99 neste mês, variação de -5,48%) e do lagarto (de R$ 17,97 para R$ 16,75, queda de 1,7%). As altas, por outro lado, foram mais expressivas, chegando a 64,45% – é o caso do fígado, que subiu de R$ 7,06 para R$ 11,61%. Também apresentam aumentos significativos, no mesmo comparativo, os seguintes cortes: paleta (38,46%), agulha (26,15%), costela (24,67%), filé-mignon (22,35%) e peito (17,36%).
Em média, os preços dos 14 cortes, considerados na pesquisa do Nepes, ficaram 17,76% mais caros. Essa alta é quase três vezes maior que a inflação acumulada em um ano (até dezembro) em Campo Grande, que foi de 6,25%.