Economia
20/01/2013 11:46:49
Crise provoca problemas a usinas de cana-de-açúcar
Nos últimos cinco anos, várias usinas de açúcar e álcool no Brasil fecharam ou entraram em regime de recuperação judicial por dificuldades financeiras.
G1/HJ
\n \n Nos\n últimos cinco anos, várias usinas de açúcar e álcool no Brasil fecharam ou\n entraram em regime de recuperação judicial por dificuldades financeiras.\n \n A\n União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), que representa o setor no\n centro-sul do país, informa que 40 usinas fecharam as portas nos últimos cinco\n anos. A entidade reconhece que houve problemas de má gestão, mas disse que esse\n não seria o único motivo da crise.\n \n "Um\n pouco é a responsabilidade das empresas. Mas o grande problema é a questão da\n perda de produtividade agrícola. Primeiro, pela falta de recurso para você\n manter o canavial sadio. Faltou dinheiro para plantar cana, para renovar o\n canavial. Segundo, tem três safras consecutivas: uma safra muito seca, uma\n safra muito chuvosa e, na safra do ano passado, tivemos além disso tudo uma\n questão de geada em vários locais. Isso aumentou o custo. De um lado, aumenta o\n custo. De outro lado, você não tem como repassar o aumento de custo para o\n preço. O que acontece? Aumenta o endividamento. E cada vez mais as empresas vão\n se endividando e vão perdendo a capacidade de continuar produzindo", diz\n Antônio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da entidade.\n \n Há\n meses se discute a possibilidade do governo autorizar um aumento da gasolina, o\n que traria um alívio para o mercado do etanol. Enquanto isso não acontece, é\n muito difícil repassar os aumentos de custos no campo e nas usinas para as\n bombas dos postos de combustível\n \n Goiás
\n A Usina Santa Helena é a mais antiga indústria do setor em Goiás. A falência da\n empresa no sudoeste goiano foi decretada no final de novembro de 2012. Ela não\n conseguiu cumprir o plano de recuperação judicial em que se encontrava desde\n 2008. Os mais de dois mil funcionários entraram em férias coletivas em dezembro. Na entrada\n do local, vigilantes e um cão guardam o patrimônio.\n \n A\n manutenção da usina deveria ter começado em dezembro, logo após o final da\n safra do ano passado. Com a falência, até agora está tudo parado. A manutenção\n de uma indústria como esta leva de três a quatro meses. Sem esse trabalho, não\n é possível fazer a colheita da cana, que irá começar em abril.\n \n Dezenas\n de máquinas estão paradas no pátio. Muitas são de prestadores de serviço como o\n empresário Marcio de Oliveira, que tem um contrato de locação com a usina que\n vence em abril.\n \n O\n trabalho também está parado nos canaviais. São 25 mil hectares de lavoura. A\n usina arrenda boa parte da terra de produtores da região, como dona Lucia\n Helena Fernandes. Ela tem 120\n hectares arrendados e não recebeu nada do contrato de\n 2012.\n \n A\n administração da empresa, designada pela Justiça, pretende recolocar a usina em\n operação na próxima safra. O objetivo é vender a indústria, que em atividade\n vale R$ 386 milhões. Parada, terá que ser arrematada como sucata.\n \n São Paulo
\n Em São Paulo,\n duas usinas também passam por dificuldades. O produtor de cana Dagoberto Abegão\n era um dos fornecedores da usina de açúcar e álcool Decasa, que fica no\n município de Marabá Paulista, oeste do estado. No ano passado, ele chegou a\n ficar oito meses sem receber os pagamentos. A situação também é complicada para\n os 1,2 mil trabalhadores da usina, que não receberam os salários de dezembro.\n \n No\n oeste paulista, outra usina está passando pela mesma situação. A Floralco fica\n no município de Flórida Paulista. No local, 1,9 mil trabalhadores entraram em\n greve em dezembro por causa do atraso no pagamento dos salários.\n \n As\n duas empresas estão passando pelo processo de recuperação judicial, tempo dado\n pela Justiça para a empresa se recuperar da crise. O escritório do advogado\n Joel Thomaz Bastos representa a Floralco e outras seis empresas que se\n encontram em dificuldades. \n \n \n \n \n
\n A Usina Santa Helena é a mais antiga indústria do setor em Goiás. A falência da\n empresa no sudoeste goiano foi decretada no final de novembro de 2012. Ela não\n conseguiu cumprir o plano de recuperação judicial em que se encontrava desde\n 2008. Os mais de dois mil funcionários entraram em férias coletivas em dezembro. Na entrada\n do local, vigilantes e um cão guardam o patrimônio.\n \n A\n manutenção da usina deveria ter começado em dezembro, logo após o final da\n safra do ano passado. Com a falência, até agora está tudo parado. A manutenção\n de uma indústria como esta leva de três a quatro meses. Sem esse trabalho, não\n é possível fazer a colheita da cana, que irá começar em abril.\n \n Dezenas\n de máquinas estão paradas no pátio. Muitas são de prestadores de serviço como o\n empresário Marcio de Oliveira, que tem um contrato de locação com a usina que\n vence em abril.\n \n O\n trabalho também está parado nos canaviais. São 25 mil hectares de lavoura. A\n usina arrenda boa parte da terra de produtores da região, como dona Lucia\n Helena Fernandes. Ela tem 120\n hectares arrendados e não recebeu nada do contrato de\n 2012.\n \n A\n administração da empresa, designada pela Justiça, pretende recolocar a usina em\n operação na próxima safra. O objetivo é vender a indústria, que em atividade\n vale R$ 386 milhões. Parada, terá que ser arrematada como sucata.\n \n São Paulo
\n Em São Paulo,\n duas usinas também passam por dificuldades. O produtor de cana Dagoberto Abegão\n era um dos fornecedores da usina de açúcar e álcool Decasa, que fica no\n município de Marabá Paulista, oeste do estado. No ano passado, ele chegou a\n ficar oito meses sem receber os pagamentos. A situação também é complicada para\n os 1,2 mil trabalhadores da usina, que não receberam os salários de dezembro.\n \n No\n oeste paulista, outra usina está passando pela mesma situação. A Floralco fica\n no município de Flórida Paulista. No local, 1,9 mil trabalhadores entraram em\n greve em dezembro por causa do atraso no pagamento dos salários.\n \n As\n duas empresas estão passando pelo processo de recuperação judicial, tempo dado\n pela Justiça para a empresa se recuperar da crise. O escritório do advogado\n Joel Thomaz Bastos representa a Floralco e outras seis empresas que se\n encontram em dificuldades. \n \n \n \n \n