Com \n objetivo de reduzir o pedágio da BR-163 em Mato Grosso do Sul, \n representantes da CNTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em \n Transportes Terrestres) e de sindicatos regionais do Estado se reúnem em\n Campo Grande nesta terça-feira (21) para definir estratégias de \n trabalho. Uma das metas do grupo é produzir um panfleto informativo \n sobre os valores do pedágio no Estado.A empresa vencedora \n da concessão estipulou o valor do pedágio em R$ 4,38 a cada 100 \n quilômetros e, de acordo com Samir José da Silva, presidente da \n Federação dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários de \n Cargas, de Coletivos Intermunicipais e Interestaduais), o valor é o \n dobro do praticado no estado vizinho Mato Grosso.“Se levarmos em \n conta um caminhão bitrem, o valor nos oito pedágios em Mato Grosso do \n Sul será R$ 344. No Mato Grosso o mesmo trecho fica em R$ 174 e essa \n diferença é um absurdo que irá encarecer o transporte”, explica Samir.Da\n reunião com representantes da CNTT e de sindicatos de outros estados, \n os sindicalistas pretendem produzir um material informativo que deverá \n ser distribuído tanto das estradas quanto na cidade. “Queremos que o \n cidadão que não acompanhou a concessão saiba como a situação vai ficar \n com esses valores altos”, comenta o presidente da federação estadual.Outro\n ponto que também será discutido entre o grupo é em relação a levar o \n documento final do encontro até o Governo do Estado e os parlamentares. \n Na época do certame, o Governo comemorou o valor final do contrato, que \n chegou a um deságio de 52,74%, considerado o maior dos últimos leilões \n de rodovias.“Queremos explicações por que esse valor anunciado em\n Mato Grosso do Sul será tão alto, principalmente em comparação com o \n estado vizinho. Se teve tanta comemoração do governo, precisamos de uma \n resposta”, completa Samir.Descanso obrigatório –\n Outro assunto que entrará na pauta da discussão entre os sindicalistas \n será a Lei do Motorista, sancionada pela Presidente Dilma Rousseff em \n abril do ano passado.A revolta da CNTTT é com relação à atitude \n de grupos ligados ao agronegócio que já sinalizaram uma oposição à lei. O\n secretário geral da confederação, Jaime Bueno, explica que a \n regulamentação da profissão que definiu carga horária para motoristas \n profissionais e pausas para descanso agora é questionada.“Nós \n passamos quatro anos conversando sobre a lei inclusive com \n representantes do agronegócio. Estava tudo certo, e mesmo com o veto da \n presidente em 19 pontos, consideramos a lei excelente. Agora o setor do \n agronegócio irá recorrer ao Congresso Nacional para derrubar a lei”, \n explica Jaime.Na lei aprovada e que já está em vigor, os \n motoristas devem dirigir por no máximo quatro horas e fazer uma pausa \n para um descanso de 30 minutos. De um dia para o outro, os motoristas \n devem dormir pelo menos 11 horas.Uma comissão formada por representantes do agronegócio quer que a carga horária aumente, segundo o secretário da CNTTT.