\t Janeiro é o mês em que as contas não param de chegar. Muita gente quer economizar e pagar impostos como IPVA e IPTU com desconto e acabam fazendo qualquer negócio. Em muitos casos, gerar outras dívidas não vale a pena. \t Outra despesa grande do mês está na lista de material escolar. A dica continua sendo pesquisar, em todos os lugares. De papelaria de bairro a grandes supermercados. Uma pesquisa donbsp; Procon de São Paulo constatou que em 125 itens de material escolar, a diferença de preço de uma loja para outra é de 50%. \t A administradora Júlia Santos não deixa escapar preço algum. “O lápis aquarelável, por exemplo,nbsp; que é um lápis caro, em um lugar eu encontrei a R$ 25 e no outro a R$ 40. Então eu vou voltar no primeiro lugar para fazer a compra de fato. Uma peregrinação para conseguir comprar, porque são muitos itens”. \t Como o preço de livros normalmente é muito parecido de um lugar para o outro, a grande diferença está no material de papelaria. Aí vale pesquisar em todo tipo de estabelecimento: nas pequenas papelarias de bairro, nas grandes e até em supermercado. \t “Folha de sulfite eu vou levar, o preço aqui está bem mais acessível. Caderno sem chance aqui. Em uma loja, por exemplo, eu vi um caderno de 10 matérias, 200 folhas, R$ 11,90 e aqui R$ 36,90 o mesmo caderno. Diferença gigante assim. Muito alto o valor”, diz Aline de Castro Araújo, assistente administrativa. \t O Procon de São Paulo dá dicas para economizar na hora de comprar material escolar. Uma delas é fazer um levantamento do que já tem em casa antes de ir para as compras e tentar trocar com outros pais o material que não for mais ser usado. \t O órgão também recomenda a, além de pesquisar os preços, comprar em grande quantidade, com amigos, por exemplo. Assim, fica mais fácil de negociar desconto à vista. Afinal, não é só o material escolar que aparece no orçamento de janeiro. \t O IPVA e o IPTU têm opção de pagamento à vista com desconto, que varia de um lugar para o outro, mas nem sempre vale o sacrifício. Quem tem IPTU de R$ 1.000 em São Paulo consegue desconto de 4%. Se pagar à vista, o valor cai para R$ 960. \t Se o cidadão não tiver esse dinheiro e pegar emprestado no banco, em 12 meses de financiamento, vai pagar R$ 1260. Se for um crédito consignado, com desconto em folha, ele vai desembolsar R$ 1123 em um ano. E, se entrar no cheque especial para conseguir pagar o IPTU com desconto, sai mais caro ainda: R$ 2750, se ele não sair do vermelho até janeiro de 2015. \t Em qualquer uma dessas situações, os juros do banco são muito maiores do que o desconto do pagamento à vista. “Vai perder o desconto. Ele vai pagar de juros o valor do desconto mais umas quatro, cinco, seis vezes. Quanto mais tempo ele demorar a pagar esse empréstimo, maior o tamanho da conta”, explica Marcia Belluzo Dessen, consultora financeira. \t O conselho da consultora é começar a planejar já as contas do ano que vem. “Guarda todo mês um pouquinho de dinheiro e aí eu não só não pago juros como recebo juros e tenho o dinheiro disponível para pagar à vista, aí sim me beneficiar de desconto, sem operação de crédito envolvida”.