\n \n A\n Ferrari pretende reforçar, este ano, o estatuto de exclusividade associado à\n marca e aumentar os lucros através da redução do número de veículos produzidos\n e da aposta na personalização .\n \n "Decidimos\n que em 2013 fabricaremos menos carros que no ano passado. Queremos provar que\n mesmo vendendo menos carros é possível aumentar os lucros, apesar da tendência\n do mercado", afirmou Luca di Montezemolo, CEO da marca italiana, em\n conferência de imprensa.\n \n De\n acordo com o responsável da Ferrari, o limite máximo de unidades produzidas\n será de 7000, sem contar com as 499 unidades do novo LaFerrari que estão\n previstas. Com esta medida, a marca do “cavallino rampante” pretende reforçar o\n seu estatuto de exclusividade.\n \n “Quando\n se compra um Ferrari compra-se um sonho e todos os clientes têm de ter a\n certeza que lhes vamos garantir esse sonho”, sublinhou Luca di Montezemolo,\n acrescentando: "Vamos abrandar o nosso ritmo de fabrico em\n conformidade".\n \n "O\n nosso crescimento nos últimos anos tem sido impulsionado pelos mercados\n emergentes. O nosso objectivo agora é apontar para a exclusividade. Vamos\n fabricar menos, preservar o fluxo de carros para o mercado e proteger os\n mercados de segunda mão", frisou o CEO da Ferrari.\n \n Neste\n sentido, a exclusividade da marca será reforçada com um maior foco nos\n programas de personalização de cada modelo, cujo alinhamento actual é composto\n pelo California, 458 Italia, 458 Spider, F12 Berlinetta, FF e, brevemente, pelo\n topo de gama LaFerrari.\n \n Em\n 2012, a Ferrari comercializou 7318 viaturas e, para este ano, prevê um aumento\n de 15% dos lucros. Para aumentar os lucros, a marca tenciona aumentar as\n margens de lucro em cada veículo vendido. Refira-se que as margens de lucro da\n Ferrari têm estado, nos últimos anos, em ciclo de subida, ascendendo de uma\n margem de 14,1% em 2011 para uma margem de 14,4% em 2012.\n \n No\n entanto, Luca di Montezemolo descartou qualquer possibilidade de acrescentar um\n SUV ou um sedan à gama da marca transalpina, referindo que vai deixar esse\n espaço para a Maserati. O CEO da Ferrari acredita que a melhor maneira de\n aumentar as margens é oferecer aos condutores mais opções de personalização\n para os seus carros, tendo revelado que o comprador médio da marca acrescenta\n 25.000 euros em opções e que os clientes do programa “Tailor Made” adicionam em\n média 50.000 euros.\n \n Adicionalmente,\n Montezemolo deu ainda a entender que a Ferrari iria procurar clientes para os\n seus veículos exclusivos “Special Projects” (Projectos Especiais), preferindo\n não desvendar quantos foram fabricados até ao momento. "Alguns\n coleccionadores não querem tornar público o seu carro exclusivo", explicou\n o responsável.\n \n Luca\n di Montezemolo deixou ainda bem claro que, apesar da aposta recente no Hy-Kers\n e na atenção especial em reduzir emissões de CO2, a Ferrari “nunca construirá\n um carro 100% eléctrico”, enquanto ele for “o chairman da marca”.\n \n O\n líder da histórica marca anunciou também que pretende, nos próximos tempos,\n nivelar as vendas entre os Estados Unidos da América, a Europa, o Médio e\n Extremo Oriente e a China, uma vez que actualmente mais de metade das unidades\n comercializadas estão concentradas no “Velho Continente” e no Médio Oriente.\n Ainda assim, Montezemolo garantiu que o motivo para esta decisão não está\n ligado à crise económica, uma vez que prevê um final de quadrimestre forte no\n que diz respeito às vendas.\n \n \n \n \n