\n \n \n \t Até o fim do ano, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), \n quer votar o substitutivo do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) ao \n projeto que dá autonomia ao Banco Central (BC) – PLS 102/2007. O Brasil é\n o único país, entre os que adotam o regime de metas de inflação, cuja \n diretoria de Banco Central não tem mandato fixo. De acordo com o \n substitutivo em debate na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o \n presidente do BC e os diretores da instituição devem cumprir seis anos \n de mandato, podendo ser reconduzidos uma vez.\n \n \t “Vamos votar ainda este ano. [Esse] é o meu empenho, é o meu \n compromisso”, disse Renan ao discursar em plenário nesta sexta-feira \n (25). Calheiros não descartou a possibilidade de o mandato ficar em \n quatro anos, com uma possível recondução, em período diferente do \n período do presidente da República.\n \n \t Pelo substitutivo, a demissão do presidente ou dos diretores do BC pelo\n presidente da República terá de ser justificada e previamente aprovada \n pelo Senado, assim como a nomeação. Depois de aprovado pelo plenário do \n Senado, o projeto segue para discussão na Câmara.\n \n \t Esta semana, a proposta, que enfrenta resistência do governo, ganhou \n força com a divulgação do novo estudo da Organização para Cooperação e \n Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre a situação atual da economia \n brasileira e as perspectivas para os próximos anos. O documento sugere \n que os dirigentes do BC tenham mandato com prazo determinado e que \n somente os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) se pronunciem\n sobre os juros.\n \n