\n \n Mesmo desocupando a sede da propriedade, um grupo de indígenas continua\n acampado na fazenda Querência São José, em Sidrolândia. Esta quarta-feira (20)\n marca o vigésimo dia de invasão da propriedade.\n \n A Querência foi ocupada dia 5 deste mês, quando os indígenas\n chegaram a ameaçar a proprietária da fazenda, de 81 anos. No fim da semana\n passada, o grupo desocupou a sede da fazenda, porém segue acampado na\n propriedade.\n \n De acordo com informações dos proprietários, não há condições de\n se produzir nada na fazenda com a ocupação. Também é relatado o abate de\n bovinos pelos índios.\n \n É a terceira vez que a Querência é invadida. Diferente das outras\n duas invasões, desta vez os indígenas agiram agressivamente, segundo a dona da\n propriedade, Maria de Lourdes Lopes Bacha. “Quando invadiram a fazenda, eu\n estava em Campo Grande e vim para cá, logo na entrada não queriam deixar eu ir\n até a sede, e chegaram a me ‘fechar’ com um trator, impedindo minha passagem”,\n relatou.\n \n Mesmo com o clima tenso, a PF (Polícia Federal) não registrou\n nenhum conflito entre indígenas e fazendeiros.\n \n A proprietária já ingressou na Justiça com pedido de reintegração\n de posse. A Querência é alvo de disputa judicial, porém a proprietária Maria de\n Lourdes já ganhou o direito a terra nas 1ª e 2ª Instância da Justiça Federal.\n \n Na região\n \n Esta é a 14ª propriedade invadida atualmente entre os municípios\n de Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia, área que os índios Terenas pleiteiam\n para ampliar a reserva localizada na região. Nas duas invasões anteriores dona\n Maria Lourdes obteve ganho de causa na Justiça. A intenção dos Terenas é\n ampliar a aldeia Buriti de 2.090 hectares para 17 mil hectares. \n \n \n \n \n