\n \n O I Casamento Coletivo Homoafetivo, realizado pela\n Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul, vai acontecer no domingo\n (7), em Campo Grande (MS).\n \n \n \n O encontro reuniu na tarde de terça-feira (2) a\n Defensora Pública de Segunda Instância, Neyla Ferreira Mendes, responsável pela\n organização do casamento, e o coordenador CENTRHO (Centro de Referência em\n Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia), Leonardo Bastos.\n \n \n \n Os onze casais de mulheres, que vão selar a união,\n puderam conversar e definir os detalhes da cerimônia civil e ainda tirar\n dúvidas.\n \n Para Leilane Mara da Silva e Karla Samia Ajala, que\n estão juntas há dois anos, o casamento será uma realização pessoal. “Na verdade\n eu nunca pensei que me casaria, ainda mais vestida de noiva. Mas estamos muito\n felizes”, afirmou Leilane da Silva, que é estudante de pedagogia.\n \n \n \n A bancária S. – que prefere não se identificar –\n vai entrar no local da cerimônia acompanhada pelo pai. “Eu e minha companheira\n temos o apoio das nossas famílias. Ela me ajudou a criar minhas duas filhas. Só\n não podemos aparecer por conta do meu trabalho”, explicou.\n \n \n \n Brasil\n \n \n \n A revista Magister publicou uma reportagem\n informando que um mês depois da entrada em vigor da Resolução nº 175 do\n Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que disciplinou a realização do casamento\n homoafetivo no País, os cartórios das principais capitais brasileiras\n realizaram 231 casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Uma média de 10,5\n celebrações por capital pesquisada, segundo levantamento da Associação Nacional\n de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), entidade representativa dos Cartórios de\n Registro Civil.\n \n \n \n A pesquisa é relativa ao período de 16 de maio,\n data de início da vigência da Resolução, e 16 de junho. De acordo com o\n levantamento, as capitais que realizaram mais celebrações foram São Paulo/SP\n (43), Goiânia/GO (22), Curitiba/PR, Fortaleza/CE e Rio de Janeiro/RJ (18), Belo\n Horizonte/MG e Salvador/BA (17), Campo Grande/MS (16), Porto Alegre/RS(15),\n Brasília/DF (14), Belém/PA (10) e Florianópolis/SC (7).\n \n \n \n Ainda de acordo com o levantamento, Manaus/AM e\n Vitória/ES realizaram quatro celebrações; Boa Vista/RR, três, Cuiabá/MT e\n Recife/PE duas e Porto Velho/RO uma celebração. Palmas/TO, Rio Branco/AC,\n Maceió/AL e Macapá/AP não realizaram nenhuma celebração gay no período\n pesquisado.\n \n \n \n Nesse primeiro levantamento, segundo a Arpen, não\n foi possível realizar a pesquisa em Natal/RN, Teresina/PI, São Luís/MA, João\n Pessoa/PB e Aracaju/SE.\n \n \n \n Mundo \n \n \n \n Permitido atualmente em 14 países, o casamento gay\n foi aprovado primeiro na Holanda e depois adotado por Bélgica, Espanha, Canadá,\n África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal, Islândia, Argentina e Dinamarca e,\n recentemente, Uruguai, Nova Zelândia e França. \n \n \n \n No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF)\n reconheceu em 2011 a união estável entre casais homossexuais e em maio de 2013\n cartórios de todo o País começaram a efetivar a celebração de casamentos civis\n de casais do mesmo sexo ou converter em casamento a união estável homoafetiva,\n conforme estabeleceu a Resolução nº 175, do CNJ. \n \n \n \n Reportagem\n \n \n \n A TV Campo Grande – filiada ao SBT – veiculou uma\n reportagem sobre o casamento coletivo, que foi ao ar na segunda-feira (1º de\n julho). O material foi produzido pelo repórter Gustavo Monge com imagens de\n Claudinei Cavalcanti.\n \n A equipe entrevistou o casal Geliane Bitencourt, de\n 37 anos e Ruth Pereira da Silva, de 42 anos, que estão juntas há 5 anos. Cada\n uma tem uma filha de relacionamentos anteriores, de 12 e 23 anos,\n respectivamente.\n \n \n \n “É a realização de um sonho sim, muito importante.\n Para garantir o direito da minha companheira, já que estamos juntas há cinco\n anos”, afirmou Geliane Bitencourt, que trabalha no Corpo de Bombeiros.\n \n \n \n “A gente fica planejando, sonhando como vai ser a\n entrada. Estou ansiosa e muito feliz, porque estou realizando um sonho”, disse Ruth\n da Silva, que vai entrar na cerimônia acompanhada da filha de 23 anos.\n \n \n \n A reportagem também ouviu as Defensoras Públicas\n Neyla Ferreira Mendes e Vera Regina Prado Martins, que falaram sobre a\n importância da cerimônia civil e também dos direitos conquistados pela\n população LGBT.\n \n \n \n “Alguns estados foram de vanguarda nesta\n regulamentação do casamento homoafetivo e o Mato Grosso do Sul precedeu a\n regulamentação nacional feita pelo CNJ. A partir do momento que a justiça\n reconhece o direito a gente entende que o preconceito vá acabando”, explicou a\n Dra. Neyla Mendes.\n \n \n \n Outro assunto abordado na reportagem foi a questão\n da mudança de nome, no caso dos transexuais. A Defensoria Pública do Estado de\n Mato Grosso do Sul realiza há quatro anos, atendimento CENTRHO, na Capital. No\n local a população LGBT que buscam auxílio jurídico é orientada para ter o nome\n desejado e condizente com a fisionomia nos registros civis.\n \n \n \n “Na medida em que se resgata o direito de um,\n outras pessoas se sentem fortalecidas e com coragem de buscar os próprios\n direitos. São pessoas que sofrem preconceito muito grande na quanto consegue\n adequar o nome a aparência, a pessoa se sente com a cidadania resgatada, porque\n até então se sentia, vamos dizer assim, um meio cidadão”, explicou a Defensora\n Pública, Vera Regina Martins.\n \n \n \n O vídeo da reportagem “Capital terá casamento gay\n coletivo no próximo domingo” pode ser acessado no link:\n http://tvcampogrande.com.br/noticias/capital-tera-casamento-gay-coletivo-no-proximo-domingo/\n \n \n \n \n