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Geral
16/11/2012 07:57:20
Catadores temem perda na renda e não querem deixar lixão em MS
Um grupo de catadores de materiais recicláveis de Campo Grande não quer sair do lixão até o fim de 2012, quando será encerrada a atividade no local.

G1/HJ

Catadores vão organizar grupo de resistência (Foto: Tawany Marry)
\n Um grupo de catadores de materiais recicláveis de Campo Grande não quer sair do lixão até o fim de 2012, quando será encerrada a atividade no local.
A reunião entre catadores, representantes da Prefeitura e da Solurb Soluções Ambientais - empresa responsável pelos serviços de limpeza e coleta de lixo - ocorreu nesta quinta-feira (15) e, por conta dos ânimos exaltados, teve o apoio da Guarda Municipal. Uma das principais reclamações dos catadores é de que a renda mensal deles será comprometida caso sejam obrigados a integrarem uma cooperativa. Além disso, eles alegam que não há garantia de emprego para todos. “Tem gente que consegue tirar mais de R$ 2 mil por mês trabalhando no lixão. Se eles assinarem a carteira, o salário vai para menos da metade”, disse o vice-presidente da Associação dos Catadores do Lixão, Sérgio de Souza. Cerca de 60 catadores estiveram presentes na reunião com representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) e da Solurb, que será responsável pela gerência e manejo de resíduos sólidos pelos próximos 25 anos em Campo Grande. O superintendente executivo da empresa, Élcio Terra, disse que durante o período de transição entre o encerramento das atividades do lixão - previsto para segunda quinzena de dezembro - e a abertura do aterro sanitário, os catadores terão de ser cadastrados para trabalharem na Unidade de Tratamento de Resíduos (UTR). “Queremos encontrar a melhor saída para essas pessoas que dependem única e exclusivamente do lixão”, disse Terra. De acordo com a diretora do Departamento de Licenciamento e Monitoramento Ambiental da Semadur, Denise Name, quando as atividades no lixão forem encerradas, os catadores poderão trabalhar na Central de Triagem do aterro desde que estejam inseridos em uma cooperativa. "Queremos dar uma condição mais digna para esses trabalhadores, com carteira assinada e todos os benefícios que isso traz”, disse a diretora. \n \n