\n \n A presidente do Sindjor/MS (Sindicato dos Jornalistas de Mato\n Grosso do Sul), Vanessa Amin, usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta\n quinta-feira (4) para falar sobre o Dia do Jornalista (7) e a luta da categoria\n por melhores condições de trabalho. \n \n Ela analisa que\n os jornalistas têm o que comemorar porque hoje a importância da profissão é\n reconhecida pela sociedade, mas que é preciso lutar contra tentativas de\n desvalorizar o jornalismo. \n \n Segundo Vanessa,\n a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), em 2009, que permitiu o livre\n exercício da profissão sem a exigência de diploma na área foi responsável por\n “achatar” ainda mais os salários dos profissionais. \n \n A presidente do\n sindicato destacou que a classe sofre também com o acúmulo de jornada e falta\n de benefícios. “O jornalista está ficando doente e sem tempo para se\n qualificar. Se ele fica calado, nada muda. O desafio maior é o jornalista\n começar a pedir. Ele tem muito medo do empresário, do patrão, de ser mandado\n embora, apesar de ser muito combativo quando o problema é dos outros”, afirmou.\n \n \n O Sindjor/MS\n apoia o Projeto de Lei 2960/11, de autoria do deputado federal Andre Moura\n (PSC-SE), que fixa em seis salário mínimos (R$ 4.068,00) o piso salarial\n nacional dos jornalistas para uma jornada de trabalho de 30 horas semanais. Em Mato Grosso do Sul, os\n salários iniciais para jornalistas estão muito abaixo disso, em torno de R$ 1.100,00 a R$ 1.200,00.\n “Não são nem dois salários mínimos. É muito pouco”, disse. \n \n Vanessa Amin\n pediu ainda empenho nas investigações das mortes de jornalistas, em especial de\n Paulo Rocaro, de Ponta Porã. O jornalista foi executado no início do ano\n passado. Rocaro trabalhava como editor chefe do “Jornal da Praça" e era\n diretor do site Mercosulnews, conhecido por denunciar a existência de grupos de\n extermínio e pistolagem na fronteira. \n \n A presidente do\n sindicato usou a tribuna por solicitação do deputado Marcio Monteiro (PSDB).