Geral
05/04/2013 09:00:00
Feliciano chega mais cedo e antecipa depoimento ao Supremo
O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) prestou depoimento no início da tarde desta sexta-feira (5) no Supremo Tribunal Federal em ação na qual é acusado de estelionato.
G1/LD
\n \n O\n deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) prestou depoimento no início da tarde\n desta sexta-feira (5) no Supremo Tribunal Federal em ação na qual é acusado de\n estelionato.\n \n O\n interrogatório estava marcado para 14h30, mas de acordo, com informações do\n gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, relator da ação penal, o parlamentar\n chegou por volta das 12h e prestou depoimento a um juiz auxiliar. Com isso, não\n havia jornalistas nos momentos em que o deputado chegou e deixou a sala do\n interrogatório, em um prédio anexo ao edifício principal do STF. Ele entrou e\n saiu pela garagem, segundo o gabinete de Lewandowski.\n \n Marco\n Feliciano passou a ser alvo de manifestações e protestos em várias partes do\n país depois de ter sido eleito, em março, presidente da Comissão de Direitos\n Humanos da Câmara. Os protestos são motivados por declarações do parlamentar\n interpretadas como homofóbicas e racistas. Denunciado em outro inquérito pela\n Procuradoria Geral da República, sob a acusação de discriminação, o\n parlamentar, que é pastor, afirmou ao apresentar defesa por escrito que a\n Bíblia e a história mostram que os africanos foram alvos de uma\n "maldição" de Noé devido ao "primeiro caso de homossexualismo da\n humanidade".\n \n Nesta\n sexta no STF, Feliciano aguardou pouco mais de uma hora para ser ouvido. O\n depoimento do deputado, que durou cerca de 30 minutos, ocorreu a portas\n fechadas. Além do deputado, estavam presentes o advogado dele, o juiz e um\n representante do Ministério Público.\n \n O\n depoimento ocorreu a portas fechadas, mas áudio e vídeo foram gravados para que\n o ministro relator possa assistir posteriormente. Não foi divulgado pelo STF o\n teor do depoimento. O ministro Lewandowski disse que vai avaliar se libera nos\n próximos dias a transcrição do que foi dito.\n \n Segundo\n o advogado Rafael Novaes da Silva, que defende o parlamentar, não houve\n tentativa de evitar os jornalistas.\n \n "Ele\n chegou de viagem, passou no apartamento, foi para lá. O juiz e o MP estavam lá.\n Foi naturamente. [...] Não tivemos, de forma alguma, intenção de driblar ou\n combinar."\n \n O\n advogado disse que o interrogatório "foi tranquilo". "Não temos\n nada a esconder. Foi tudo bem tranquilo, durou meia-hora". Sobre o teor do\n depoimento, ele afirmou que o Supremo deve liberar o conteúdo. "A\n avaliação é positiva. Nosso trabalho foi feito. O deputado falou a verdade como\n sempre foi feito desde o inicio. Vamos aguardar o curso do processo e confiamos\n no julgamento do Supremo."\n \n As acusações
\n A denúncia de estelionato foi feita pelo Ministério Público do Rio Grande do\n Sul em 2009, antes de Feliciano tomar posse como deputado federal.\n \n O\n processo foi remetido ao STF em razão do foro privilegiado que ele adquiriu ao\n se tornar parlamentar. Em outro processo, Feliciano foi acusado pela\n Procuradoria Geral da República do crime de discriminação.\n \n A\n acusação afirma que o parlamentar, que é pastor evangélico, firmou contrato\n para participar de um evento religioso, mas não compareceu. Na ação, o deputado\n é acusado de obter para si a vantagem ilícita de R$ 13.362,83 simulando um\n contrato "para induzir a vítima a depositar a quantia supramencionada na\n conta bancária fornecida".\n \n O\n processo tem 261 páginas. Após interrogar Feliciano e testemunhas, o plenário\n do Supremo vai decidir se ele será ou não condenado.\n \n O\n advogado Rafael Novaes da Silva afirmou que se trata de um "desacordo\n comercial". Segundo ele, Feliciano não compareceu em razão de outros\n compromissos e, inicialmente, tentou devolver os valores recebidos, mas os\n organizadores não quiseram receber. Posteriormente, afirma o advogado, os\n valores foram ressarcidos.\n \n \n \n \n
\n A denúncia de estelionato foi feita pelo Ministério Público do Rio Grande do\n Sul em 2009, antes de Feliciano tomar posse como deputado federal.\n \n O\n processo foi remetido ao STF em razão do foro privilegiado que ele adquiriu ao\n se tornar parlamentar. Em outro processo, Feliciano foi acusado pela\n Procuradoria Geral da República do crime de discriminação.\n \n A\n acusação afirma que o parlamentar, que é pastor evangélico, firmou contrato\n para participar de um evento religioso, mas não compareceu. Na ação, o deputado\n é acusado de obter para si a vantagem ilícita de R$ 13.362,83 simulando um\n contrato "para induzir a vítima a depositar a quantia supramencionada na\n conta bancária fornecida".\n \n O\n processo tem 261 páginas. Após interrogar Feliciano e testemunhas, o plenário\n do Supremo vai decidir se ele será ou não condenado.\n \n O\n advogado Rafael Novaes da Silva afirmou que se trata de um "desacordo\n comercial". Segundo ele, Feliciano não compareceu em razão de outros\n compromissos e, inicialmente, tentou devolver os valores recebidos, mas os\n organizadores não quiseram receber. Posteriormente, afirma o advogado, os\n valores foram ressarcidos.\n \n \n \n \n