\n \n O\n fotógrafo do CGNews, Marcos Ermínio, 26 anos, foi agredido por índios\n nesta segunda-feira, após o enterro do terena Oziel Gabriel, 35 anos, em\n Sidrolândia, a 71 quilômetros da Capital.\n \n “Ele\n pegou o pedaço de madeira sem eu ver. Quando vi, tentei proteger a câmera e\n pegou na minha mão”, conta Marcos, que fazia a cobertura jornalística do\n sepultamento de Oziel junto com a repórter Aliny Mary Dias e equipes da TV\n Morena e do G1.\n \n A\n equipe do CGNews chegou à aldeia\n Córrego do Meio, onde Oziel era velado, por volta das 10h30min. Logo depois,\n houve o cortejo até o cemitério indígena, a cerca de dois quilômetros dali.\n \n Os\n repórteres acompanharam o cortejo, onde havia aproximadamente 200 indígenas, e\n ficaram do lado de fora do cemitério. Durante o ritual de enterro, a equipe\n conversou com uma liderança que autorizou o registro do sepultamento.\n \n Aproximadamente\n 20 minutos depois, chegaram as equipes da TV Morena e do G1. Os índios\n iniciaram nova reza e pediram para que os jornalistas saíssem do cemitério. O\n pedido foi atendido e enquanto os repórteres entrevistavam indígenas que\n estavam do lado de fora, houve a agressão.\n \n Conforme\n relatos da repórter Aliny Mary Dias, a TV Morena mostrou aos índios uma cópia\n da decisão da Justiça Federal que determina a reintegração de posse no prazo de\n 48 horas. Os indígenas olharam, passaram a gritar e a rasgar o papel.\n \n Enquanto\n rasgavam e gritavam, o fotógrafo do CGNews ergueu a\n máquina para fazer imagens. Neste momento, um índio que estava atrás de Marcos\n pegou um pedaço de pau e atingiu a mão dele. Por pouco não quebrou a câmera.\n Ele também quase acertou a cabeça de Marcos e de Aliny. “Passou perto da minha\n cabeça e da dele”, relata a jornalista.\n \n Cerca\n de 50 indígenas fizeram uma roda e cercaram as três equipes de jornalismo,\n pegaram o microfone da repórter da TV Morena, Cláudia Gaigher, e jogaram no\n chão. Foram aproximadamente cinco minutos de tensão, que só acabou com\n intervenção de lideranças, que pediram desculpas pela situação e alegaram\n “ânimos exaltados”. A mão do fotógrafo ficou inchada, sem lesão aparente.\n \n \n \n \n