\n \n A\n prefeitura de Belém confirmou a morte da gari Cleonice Vieira, de 54 anos, que\n trabalhava varrendo as ruas da feira do Ver-o-Peso durante o protesto desta\n quinta-feira (20). Segundo informações do secretário de saneamento do\n município, Luiz Otávio Mota Pereira, a funcionária da Sesan sofreu duas paradas\n cardíacas e faleceu no Pronto Socorro do Guamá.\n \n "A\n informação que nos foi repassada pelo diretor do PSM do Guamá, o doutor\n Dionísio Monteiro, é que ela pode ter sofrido um infarto fulminante. Ela fazia\n a varrição da praça próximo da prefeitura, junto com outros garis. Eles estavam\n escalados para trabalhar e chegaram até a ser afastados do meio do\n protesto", disse.\n \n O\n secretário informou ainda que a morte pode ter sido provocada pelo susto com o\n tumulto na manifestação. "Em um determinado momento da manifestação que\n teve tumulto, ela se assustou e caiu. Apesar da queda, o doutor Dionísio,\n descarta possibilidade de traumatismo. Ele informou que ela era hipertensa, e\n teve a assistência imediata do Samu, que a levou para o PSM do Guamá. Todos os\n procedimentos para reanimá-la foram feitos, mas infelizmente ela veio a\n óbito", declarou.\n \n A\n Secretaria Municipal de Saúde informou que a gari Cleonice Vieira de Moraes foi\n socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu), no\n Ver-o-Peso, vítima de desmaio após a explosão de uma bomba durante as\n manifestações populares em Belém na noite desta quinta-feira.\n \n Ainda\n de acordo com a Sesma, a paciente, que era hipertensa, sofreu parada cardíaca,\n foi reanimada pelos paramédicos e conduzida ao HPSM Humberto Maradei (Guamá).\n Já no hospital, Cleonice sofreu nova parada cardíaca e, após reanimação,\n precisou ser entubada. A paciente ficou sob cuidados durante toda a noite, mas\n morreu às 7h desta sexta-feira.\n \n A\n Sesan informou que lamenta a morte de Cleonice Moraes e informar que dará todo\n o apoio à família da vítima. A Prefeitura de Belém reconhece a manifestação\n como ato democrático, mas repudia qualquer ato de violência.\n \n Entenda o caso
\n Cerca de 15 mil pessoas marcharam da Praça Santuário até a prefeitura de Belém\n nesta quinta-feira (20). Os manifestantes exigiam melhorias nos serviços\n públicos, na mobilidade urbana e gritavam palavras de ordem contra a corrupção,\n o mau uso do dinheiro público e a favor dos direitos das minorias.\n \n A\n manifestação foi pacífica até chegar no prédio da administração municipal,\n quando o prefeito Zenaldo Coutinho afirmou que iria receber um grupo de\n manifestantes. Quando Zenaldo saiu do gabinete para encontrar com a multidão,\n foi abordado por diversos grupos com pautas de reivindicações distintas. Uma\n pequena parcela dos manifestantes hostilizou o prefeito e atirou pedras. Um\n guarda municipal ficou ferido, mas a guarnição foi orientada a entrar no prédio\n para evitar o confronto.
\n saiba mais\n \n Grande\n parte da multidão se dispersou, mas um pequeno grupo continuou na frente do\n palácio, que foi atingido com chutes durante uma tentativa de invasão. O\n protesto foi contido com a chegada do batalhão de choque da PM. Mais de 30\n pessoas foram detidas e posteriormente liberadas.\n \n A\n Prefeitura de Belém informou que reconhece a manifestação como ato democrático,\n mas repudia qualquer ato de violência.\n \n Este\n foi o segundo dia de manifestações em Belém. Na última segunda-feira (17) foi\n realizada uma marcha pela cidade, mas não houve registro de incidentes e\n depredações.\n \n \n \n \n