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Geral
03/09/2012 09:00:00
Greve da PF acaba quando reestruturação da carreira tiver data marcada, diz sindicato
A greve de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal (PF), iniciada no último dia 7 de agosto, só deve terminar quando o governo apresentar um cronograma para a reestruturação dessas carreiras.

Agência Brasil/LD

\n \n A greve de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal\n (PF), iniciada no último dia 7 de agosto, só deve terminar quando o governo\n apresentar um cronograma para a reestruturação dessas carreiras. A declaração é\n do presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Paraná\n (Sinpef-PR), Fernando Augusto Vicentine.\n \n "Queremos a justa adequação da tabela salarial desses cargos,\n que são de nível superior. Não basta o governo se comprometer a fazer isso. Se\n não vier nada de concreto quanto à data de início dessa reestruturação da\n carreira, a greve não acaba", disse Vicentine, em entrevista à Agência\n Brasil. "Quem criou o atual impasse foi o governo. Nós temos paciência,\n tanto que estamos negociando há mais de 900 dias."\n \n Na manhã de hoje (3), servidores em greve hastearam a bandeira do\n Brasil em frente ao edifício-sede da superintendência estadual da PF no Paraná.\n Os serviços de emissão de passaportes estão sendo efetuados por funcionários\n terceirizados.\n \n Agentes, escrivães e papiloscopistas da PF recebem R$ 7,5 mil como\n salário inicial, o equivalente a 56,2% da remuneração dos delegados federais,\n cujo vencimento de início de carreira é R$ 13,4 mil. Além da equiparação com as\n carreiras típicas de Estado, como a de auditor da Receita Federal e a de\n oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a categoria também\n reivindica novas contratações por concurso público.\n \n No último dia 24 de agosto, o Sinpef-PR obteve uma liminar na\n Justiça Federal que impede a União de efetuar descontos nos salários dos\n servidores em greve. "Não há como reputar ilegal a greve deflagrada pelos\n policiais federais no estado do Paraná, não se justificando a medida de corte\n do ponto", diz em sua decisão a juíza Giovanna Mayer, da 7ª Vara Federal\n de Curitiba.\n \n "Trata-se [o corte de ponto], a bem da verdade, de forma\n explícita, ainda que oblíqua, de frustrar o regular exercício de direito\n constitucionalmente assegurado, o que não pode ser admitido.”\n \n No mesmo dia, a presidenta do Tribunal Regional Federal da 4ª\n Região (TRF-4), desembargadora Marga Inge Barth Tessler,nbsp; suspendeu a\n pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) uma liminar similar, que havia sido\n concedida ao Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (Sinpef-RS).\n A última greve nacional da PF ocorreu em 2004 e durou cerca de dois meses.\n \n \n \n \n