Geral
08/07/2013 09:00:00
Médicos formados terão de atuar dois anos no SUS, anuncia governo
As medidas foram anunciadas junto com um pacote de ações do governo federal para ampliar e descentralizar a ofereta de médicos no país.
UOL/LD
\n \n O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta\n segunda-feira (8) que médicos brasileiros recém-formados que ingressarem nos cursos\n a partir de 2015 serão obrigados a trabalhar os dois primeiros anos no SUS\n (Sistema Único de Saúde). O tempo do curso de medicina subirá de seis para oito\n anos também a partir de 2015. \n \n As medidas foram anunciadas junto com um pacote de ações do governo\n federal para ampliar e descentralizar a ofereta de médicos no país. \n \n Mercadante afirmou que serão criadas 3.615 vagas em medicina nas\n universidades federais até 2017 --1.815 nos cursos já existentes e 1.800 em\n novos cursos. O ministro anunciou também medidas para que as universidades\n particulares ampliem as vagas nos próximos quatro anos. A meta do governo é\n criar 11.447 novas vagas em medicina até 2017, somando as vagas públicas e\n particulares. \n \n Quadro da saúde pública\n \n O gargalo da saúde pública do Brasil não se limita à quantidade de\n médicos: há problemas de distribuição e fixação dos profissionais, de\n infraestrutura e de financiamento. Os dados mais recentes, divulgados em\n fevereiro deste ano, mostram que o país tem dois médicos a cada mil habitantes\n (o dado do Ministério da Saúde é um pouco diferente: 1,83 médico para cada\n mil). A média mundial é de 1,4. \n \n O Ministério da Saúde pretende alcançar 2,5 médicos para cada mil\n pessoas - índice similar ao da Inglaterra, que tem 2,7. E, para suprir o\n déficit, quer trazer estrangeiros para atuar em áreas distantes e nas\n periferias sem a necessidade de revalidação do diploma, com um contrato\n temporário de até três anos e salário de R$ 10 mil. Segundo o governo, para\n atingir essa meta, o país teria de ter mais 168.424 médicos. \n \n Porém, a proposta do governo Dilma Rousseff de recorrer a\n profissionais do exterior para suprir a falta de médicos no sistema de saúde\n nacional foi recebida com mais resistência por parte de organizações da\n categoria e se tornou alvo de manifestações em várias partes do país. \n \n À parte aos protestos da classe médica, o governo federal vai\n abrir cerca de 10 mil vagas para médicos para atuação exclusiva na atenção\n básica em periferias de grandes cidades, municípios de interior e no Norte e\n Nordeste do país. O salário deles deve ficar em torno de R$ 10 mil. A carga\n horária e outros detalhes serão anunciados nesta tarde presidenta Dilma\n Rousseff, no lançamento do Programa Mais Médicos. \n \n \n \n \n