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Os policiais militares que estão sendo investigados pela morte do ex-vereador de Anastácio e ex-secretário de planejamento do município de Miranda, Wander Alves Meleiro, conhecido como Dinho Vital, foram afastados de suas funções para tratamento psicológico. O parlamentar foi executado no dia 8 de maio, enquanto participava de um almoço de confraternização.
Segundo o advogado de defesa, Lucas Arguello, os militares que estavam à paisana no almoço em que comemoravam os 59 anos de municipalização de Anastácio, estão muito abalados e foram afastados do trabalho para tratamento psicológico.
“Apesar de estarem em tratamento psicológico, seguem à disposição das autoridades e cooperando com as investigações”, relatou o advogado de defesa.
O afastamento dos policiais aconteceu no início da semana. Por isso, a reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar para entender melhor os acontecimentos, mas até o fechamento deste material, não obtivemos retorno.
Discussão e morte
A morte do ex-vereador de Miranda, Dinho Vital, aconteceu no dia 8 de maio, em um almoço de confraternização do município de 59 anos do município, em uma chácara na BR-163. De acordo com informações de testemunhas, Dinho que estava visivelmente alterado, discutiu com o ex-prefeito de Anastácio, Douglas Melo Figueiredo (PSDB).
A briga iniciou após o atual prefeito, Nildo Alves (PSDB), anunciar que lançaria Douglas pré-candidato pelo partido, quando iniciou uma discussão generalizada com troca de empurrões de discussões.
Dinho saiu da festa, mas voltou armado para a chácara. Os dois militares que estavam à paisana estavam na frente do local e avistaram o ex-vereador se aproximando em um veículo Fiat Toro.
O ex-vereador foi abordado pelos policiais. De acordo com a versão dos militares, ele reagiu e houve troca de tiros, quando Dinho foi atingido. O veículo teve os pneus perfurados e uma arma foi encontrada ao lado do corpo.
A reportagem do Correio do Estado apurou que um dos tiros atingiu o peito. Questionamos o advogado de defesa, Lucas Arguello, que relatou que aguarda a perícia técnica que sai no dia 8 de junho, para obter uma melhor resposta do crime.
“A perícia sai somente 30 dias após o crime, mas posso afirmar que nenhum tiro foi nas costas da vítima. O ex-vereador estava de frente com os policiais e um dos tiros acertou o ombro da vítima. Estou aguardando mesmo a análise da perícia para ter um melhor relatório do caso”, explicou.
No dia do crime, a assessoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul foi consultada e relataram que os policiais estavam de folga e foram acionados por participantes da festa. Ela ainda alega que os militares viram Dinho armado e anunciaram para que ele colocasse a arma no chão. A vítima não acatou a ordem dos policiais e partiu para cima dos policiais.
Em nota, “a assessoria da Polícia Militar informou que os tiros foram disparados por dois policiais de folga, acionados por participantes da festa. A PM alega que os militares viram uma pessoa armada com pistola, que seria Dinho Vital, anunciaram que eram policiais e ordenaram que colocasse a arma no chão. "(...) mesmo assim o homem não acatou a ordem legal dos PMs e, com arma em punho, partiu em direção aos policiais".