Geral
09/11/2012 09:00:00
Placa e macaco em árvore são mistério no bairro Amambaí
Foi preciso apenas uma placa, alguns dizeres com a palavra macaco para deixar os moradores do bairro Amambaí intrigados. Há pelo menos 3 semanas, quem passa pela rua Visconde de Taunay, sempre para ao ver uma árvore.
CGNews/HJ
\n \n Foi\n preciso apenas uma placa, alguns dizeres com a palavra macaco para deixar os\n moradores do bairro Amambaí intrigados. Há pelo menos 3 semanas, quem passa\n pela rua Visconde de Taunay, sempre para ao ver uma árvore.\n \n Fixada\n a ela, uma placa exibe o seguinte pedido: Não alimente o macaco. Acima, no\n alto de um galho, preso a uma fina corrente, um macaco hidráulico, vermelho,\n deixa o cenário ainda mais surreal. Virou mistério.\n \n Ninguém,\n na maior parte da rua, entre a 26 de Agosto e a avenida Afonso Pena, sabe dizer\n o porquê, o que significa, muito menos quem aprontou a tal intervenção. Se é\n protesto, qual o motivo? Se não é, o que provocou?\n \n José Bernardo, de 70 anos, foi um dos que parou para\n avaliar a situação, mas não encontrou qualquer explicação plausível e voltou a\n caminhar. Não faço nem idéia, disse o vigilante.\n \n Proprietário de uma empresa de assistência técnica\n localizada na mesma rua, Barnabé Gomes Ribeiro, de 41 anos, já desistiu. Achou\n engraçado, mas nem imagina o que a ferramenta e a placa juntas significam.\n Para mim tinha um macaco ali, afirmou, ao comentar que não viu ninguém\n colocar a placa ali.\n \n A\n auxiliar de costura Celina Moreira Marinho, de 45 anos, é outra intrigada com o\n mistério. Sou louca para descobrir, revelou. Na confecção onde trabalha,\n nenhuma das amgidas encontrou explicação para o caso. Só sei que aparece um\n monte de gente aqui e vem ler isso.\n \n Atendente\n em uma creche, Ana Paula de Lima Leite, de 28 anos, chegou a pensar que algum\n vizinho criava macacos, mas nunca nenhum animal da espécie foi visto por\n aquelas redondezas.\n \n Estava\n pensando que tinha algum bicho ali pendurado, que ficava dentro de uma casa e\n alguém jogava comida.\n \n De todas as pessoas entrevistadas para esta reportagem,\n apenas uma opinou com segurança. Foi irmã Liliana Dal Santo, freira responsável\n pelo Cedami (Centro de Apoio ao Migrante).\n \n Preconceito ? Para ela, o macaco e a placa com a advertência supõem uma\n explicação lógica, mas não há certeza até que autor revele sua real intenção. O\n Cedami, lembra a freira, oferece todas as tardes alimentação a moradores de\n rua. De 50 a\n 100 pessoas recebem o "sopão" de segunda à sexta-feira.\n \n O\n problema é que muitos dos frequentadores acabam dormindo ou descansando na\n calçada dos vizinhos, onde há sombras. A sujeira deixada por eles, de um dia\n para o outro, é o que mais incomoda e já gerou reclamações de moradores.\n \n Pensamos\n que como aqui muitas vezes fica morador de rua, bêbado e drogado, os vizinhos\n se molestaram e colocaram isso, comentou. Penso que eles estão cansados dessa\n sujeira ou com relação a nossa obra, acrescentou.\n \n Mas\n até agora, diz, ninguém foi reclamar diretamente. Se o motivo realmente for\n esse, fica a interrogação de irmã Liliana: E os pobres? Onde serão atendidos?\n \n Há\n 10 dias em Campo Grande,\n Marcelo Targino Acosta, de 40 anos, não tem onde morar. Em busca de alimentação\n ele vai todos os dias à tarde ao Cedami.\n \n Hoje,\n a caminho da instituição, parou em frente à árvore, leu a placa, olhou para\n cima, para a ferramente, e questionou: Será que estão chamando a gente de\n macaco porque somos moradores de rua?\n \n \n \n \n