\n \n Depois\n de condenar dez políticos por corrupção passiva na última segunda-feira (1º), o\n Supremo Tribunal Federal (STF) começa a analisar hoje (3) as acusações sobre\n corrupção ativa na Ação Penal 470, conhecida como processo do mensalão.\n \n Esta\n é a segunda etapa do Capítulo 6 da denúncia do Ministério Público Federal\n (MPF), que trata de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e formação\n de quadrilha entre os partidos da base aliada ao governo entre 2003 e 2004.\n \n Para facilitar a logística, os ministros decidiram\n separar o capítulo em duas partes, julgando primeiro os acusados de corrupção\n passiva e, depois, os de corrupção ativa. Na segunda-feira, o STF concluiu a\n análise da primeira etapa, que envolvia 13 réus, condenando dez por corrupção\n passiva, 11 por lavagem de dinheiro e cinco por formação de quadrilha.\n \n Na\n segunda fase que começa hoje, figuram políticos ligados ao PT (José Dirceu,\n José Genoíno e Delúbio Soares), ao núcleo publicitário (Marcos Valério, Ramon\n Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos e Geiza Dias)\n e o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, à época filiado ao PL (atual\n PR). Todos são acusados apenas de corrupção ativa.\n \n O\n julgamento será retomado a partir das 14h, com o voto do relator do processo,\n Joaquim Barbosa. Depois, será a vez do revisor Ricardo Lewandowski e, em\n seguida, votam, pela ordem decrescente de antiguidade na Corte, os ministros\n Rosa Weber, Luiz Fux, Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco\n Aurélio Mello, Celso de Mello e o presidente do STF, Carlos Ayres Britto.\n \n A sessão desta quarta é a trigésima primeira de dedicação\n exclusiva à Ação Penal 470. O STF analisa o processo desde o dia 2 de agosto,\n quando voltou do recesso de julho. Até agora, dos sete capítulos da Ação Penal,\n três foram concluídos e o quarto é o que está em andamento.\n \n Desde\n então, a Corte concluiu que houve desvio de dinheiro púbico na Câmara dos\n Deputados e no Banco do Brasil, gestão fraudulenta no Banco Rural, lavagem de\n dinheiro promovida pelo núcleo financeiro e publicitário e corrupção passiva\n entre os partidos da base aliada (PP, PL, PTB e PMDB).\n \n Ainda falta decidir sobre corrupção ativa (segunda\n metade do Capítulo 6), lavagem de dinheiro entre integrantes do PT e o\n ex-ministro Anderson Adauto (Capítulo 7), lavagem de dinheiro e evasão de\n divisas do publicitário Duda Mendonça e de sua sócia Zilmar Fernandes (Capítulo\n 8), e formação de quadrilha entre políticos do PT e o núcleo publicitário\n (Capítulo 2).\n \n \n \n \n