\n \n O\n ministro Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), continuou\n hoje (1º) seu voto na Ação Penal 470, o processo conhecido como do mensalão,\n condenando todos os parlamentares denunciados por corrupção passiva. Para\n Toffoli, foram os próprios réus que confessaram aceitar vantagem viabilizada\n pelo grupo do publicitário Marcos Valério e pelo Banco Rural, sendo indiferente\n o destino dado à verba.\n \n Quanto\n aos réus que não eram parlamentares, o ministro entendeu que nem sempre os\n denunciados tinham ciência que o dinheiro disponibilizado pelo esquema tinha o\n objetivo de comprar apoio político. O único réu sem mandato que foi condenado\n por esse crime foi o então tesoureiro do PL Jacinto Lamas.\n \n O\n ministro também entendeu que todos os réus acusados do crime de formação de\n quadrilha são inocentes, porque não se uniram com o objetivo de cometer crimes\n em bando, e sim para obter vantagens individuais. Toffoli seguiu a corrente\n inaugurada pela ministra Rosa Weber, para quem os réus atuaram apenas na\n condição de copartícipes.\n \n Toffoli\n entendeu que o Ministério Público não conseguiu reunir provas suficientes para\n provar a participação de Antonio Lamas (ex-assessor do PL absolvido por\n unanimidade até agora), do assessor do PP João Cláudio Genu, do sócio da Bônus\n Banval Breno Fischberg e do ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri.\n \n Com\n exceção dos réus que foram absolvidos de todos os crimes, Toffoli condenou os\n demais acusados de lavagem de dinheiro. Segundo o ministro eles sabiam que a\n verba vinha de esquema criminoso e usaram “astúcia” para ocultar o recebimento\n e o rastro do dinheiro.\n \n Com\n o voto de Toffoli, formou-se maioria de seis votos para condenar por lavagem de\n dinheiro os ex-deputados Roberto Jefferson (PTB) – primeiro a denunciar o\n esquema do mensalão, Pedro Corrêa (PP) e Romeu Queiroz (PTB).\n \n Toffoli\n foi o primeiro a proferir o voto do trigésimo dia de julgamento doa Ação Penal\n 470. Depois dele, já votou o ministro Marco Aurélio Mello e, agora, fala o decano\n da corte, o ministro Celso de Mello.\n \n \n