Geral
23/01/2012 10:01:44
Venda de produtos orgânicos supera modismo e cresce forte
O mercado e a demanda estão em alta na área de produtos orgânicos e sustentáveis, embora o volume de produção ainda seja pequeno. A Associação Brasileira de Orgânicos Biologicamente Sustentáveis (BrasilBio) estima que, em 2011, o setor tenha movimentado 500 milhões de reais no País.
Terra/LD
\n \n O mercado e a demanda estão em alta na área de produtos\n orgânicos e sustentáveis, embora o volume de produção ainda seja pequeno. A\n Associação Brasileira de Orgânicos Biologicamente Sustentáveis (BrasilBio)\n estima que, em 2011, o setor tenha movimentado 500 milhões de reais no País.\n Apesar do crescimento acelerado, o valor é considerado baixo para o potencial\n brasileiro. A previsão da BrasilBio é que este mercado crescerá de 30% a 40% em\n 2012, repetindo o bom desempenho de 2011.
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\n O desafio agora é integrar a cadeia produtiva e processadora para acelerar\n também o atendimento da demanda. Segundo o presidente da BrasilBio, José\n Alexandre Ribeiro, a entidade corre contra o tempo "para credenciar\n produtores e incentivar setores da economia a garantir o registro\n orgânico".
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\n A previsão de crescimento não está focada somente nos produtos agrícolas, mas\n também nos produtos industrializados (processados) com bases orgânicas. Nas\n primeiras feiras realizadas pela BrasilBio, no início da década passada,\n praticamente toda a área de exposição era tomada por alimentos orgânicos in\n natura. Na última edição da feira, 70% a 80% já eram produtos processados.
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\n Empresas em expansão
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\n Para o empresário\n Marcos Wettreich, do site de comércio online sustentável Greenvana, o mercado\n ainda depende do aumento do número de consumidores desse tipo de produtos para\n ganhar escala. De acordo com ele, "a massa crítica deste tipo de mercado\n precisa crescer". Os consumidores precisam ser mais bem informados sobre o\n que são os produtos sustentáveis e orgânicos.
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\n A Greenvana é uma loja virtual de produtos sustentáveis que vende produtos\n próprios, além de artigos nacionais e importados de segmentos como casa, bebê,\n beleza, moda e pets. "Sustentabilidade é uma tendência de mercado e também\n uma necessidade", afirma ele.\n \n nbsp;\n \n Com faturamento médio mensal de R$ 110 mil, as franquias\n Mundo Verde somam 199 lojas no Brasil e em Portugal, segundo a Associação\n Brasileira de Franchising (ABF). A marca, criada em 1987 na cidade de\n Petrópolis (RJ), abriu 32 lojas em 2011 e espera abrir outras 45 em 2012. A expectativa é\n atingir 450 lojas até 2015 - "todas franqueadas", afirma Donato\n Ramos, diretor de Marketing da empresa.
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\n A Mundo Verde conta com 1.200 fornecedores em todo o Brasil - e dá preferência\n para os locais - sendo que as vendas têm crescido 20% ao ano.
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\n Assim como Wettreich, Ramos ressalta que existem barreiras para um maior\n crescimento nesse setor. Preço alto e falta de conhecimento do diferencial dos\n produtos orgânicos e sustentáveis são as duas principais dificuldades que as\n lojas encontram, segundo ele.
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\n Fábio Beltrão, sócio-diretor da área de Inteligência de Mercado da consultoria\n GSamp;MD - Gouvêa de Souza, afirma que o fortalecimento do mercado desses\n produtos é uma tendência irreversível. Mas afirma que, além de preços altos e\n falta de informação, outra barreira para o crescimento do setor é produção\n ainda escassa. "Faltam incentivos e a distribuição é falha", afirma o\n executivo.
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\n Em pesquisa realizada em 2010,\n a GSamp;MD apurou que o consumidor brasileiro pagaria\n até 8% a mais para ter um produto sustentável no seu carrinho do mercado - a\n média mundial é 7,6%. Porém, Beltrão acredita que o brasileiro acabará optando\n por produtos de preço mais baixo. "O mercado deverá se ajustar ao desejo\n do consumidor", diz.
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\n Segundo Alexandre Borges, sócio e presidente da Mãe Terra, dois problemas\n precisam ser vencidos para que o setor deslanche. Em primeiro lugar, é preciso\n convencer o consumidor de que sabor e saúde são compatíveis. "Para isso,\n basta desafiar o preconceito e experimentar os produtos disponíveis nos pontos\n de venda", afirma Borges.
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\n O segundo problema, segundo ele, é que o próprio mercado não está adequado para\n produzir alimentos naturais. "A indústria de ingredientes, por exemplo, se\n acostumou a desenvolver elementos artificiais. Voltar aos tempos dos nossos\n avós, que consumiam tudo fresquinho e com qualidade, é muito difícil. É preciso\n achar um meio termo", diz ele.\n \n \n \n
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\n O desafio agora é integrar a cadeia produtiva e processadora para acelerar\n também o atendimento da demanda. Segundo o presidente da BrasilBio, José\n Alexandre Ribeiro, a entidade corre contra o tempo "para credenciar\n produtores e incentivar setores da economia a garantir o registro\n orgânico".
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\n A previsão de crescimento não está focada somente nos produtos agrícolas, mas\n também nos produtos industrializados (processados) com bases orgânicas. Nas\n primeiras feiras realizadas pela BrasilBio, no início da década passada,\n praticamente toda a área de exposição era tomada por alimentos orgânicos in\n natura. Na última edição da feira, 70% a 80% já eram produtos processados.
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\n Empresas em expansão
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\n Para o empresário\n Marcos Wettreich, do site de comércio online sustentável Greenvana, o mercado\n ainda depende do aumento do número de consumidores desse tipo de produtos para\n ganhar escala. De acordo com ele, "a massa crítica deste tipo de mercado\n precisa crescer". Os consumidores precisam ser mais bem informados sobre o\n que são os produtos sustentáveis e orgânicos.
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\n A Greenvana é uma loja virtual de produtos sustentáveis que vende produtos\n próprios, além de artigos nacionais e importados de segmentos como casa, bebê,\n beleza, moda e pets. "Sustentabilidade é uma tendência de mercado e também\n uma necessidade", afirma ele.\n \n nbsp;\n \n Com faturamento médio mensal de R$ 110 mil, as franquias\n Mundo Verde somam 199 lojas no Brasil e em Portugal, segundo a Associação\n Brasileira de Franchising (ABF). A marca, criada em 1987 na cidade de\n Petrópolis (RJ), abriu 32 lojas em 2011 e espera abrir outras 45 em 2012. A expectativa é\n atingir 450 lojas até 2015 - "todas franqueadas", afirma Donato\n Ramos, diretor de Marketing da empresa.
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\n A Mundo Verde conta com 1.200 fornecedores em todo o Brasil - e dá preferência\n para os locais - sendo que as vendas têm crescido 20% ao ano.
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\n Assim como Wettreich, Ramos ressalta que existem barreiras para um maior\n crescimento nesse setor. Preço alto e falta de conhecimento do diferencial dos\n produtos orgânicos e sustentáveis são as duas principais dificuldades que as\n lojas encontram, segundo ele.
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\n Fábio Beltrão, sócio-diretor da área de Inteligência de Mercado da consultoria\n GSamp;MD - Gouvêa de Souza, afirma que o fortalecimento do mercado desses\n produtos é uma tendência irreversível. Mas afirma que, além de preços altos e\n falta de informação, outra barreira para o crescimento do setor é produção\n ainda escassa. "Faltam incentivos e a distribuição é falha", afirma o\n executivo.
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\n Em pesquisa realizada em 2010,\n a GSamp;MD apurou que o consumidor brasileiro pagaria\n até 8% a mais para ter um produto sustentável no seu carrinho do mercado - a\n média mundial é 7,6%. Porém, Beltrão acredita que o brasileiro acabará optando\n por produtos de preço mais baixo. "O mercado deverá se ajustar ao desejo\n do consumidor", diz.
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\n Segundo Alexandre Borges, sócio e presidente da Mãe Terra, dois problemas\n precisam ser vencidos para que o setor deslanche. Em primeiro lugar, é preciso\n convencer o consumidor de que sabor e saúde são compatíveis. "Para isso,\n basta desafiar o preconceito e experimentar os produtos disponíveis nos pontos\n de venda", afirma Borges.
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\n O segundo problema, segundo ele, é que o próprio mercado não está adequado para\n produzir alimentos naturais. "A indústria de ingredientes, por exemplo, se\n acostumou a desenvolver elementos artificiais. Voltar aos tempos dos nossos\n avós, que consumiam tudo fresquinho e com qualidade, é muito difícil. É preciso\n achar um meio termo", diz ele.\n \n \n \n