\n \n Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 49 ficaram feridas em um acidente\n entre dois ônibus e um caminhão na Província de Chubut, no sul da Argentina,\n nesta terça-feira. A maior parte das vítimas eram membros da Gendarmería\n (Guarda Nacional), que voltavam de um confronto com sindicalistas. \n \n De acordo com o governador de Chubut, Martín Buzzi, oito guardas e os\n motoristas dos três veículos morreram após o choque. Os integrantes das forças\n de segurança voltavam de uma operação na jazida de petróleo de Cerro Dragón,\n onde sindicalistas fizeram um protesto violento durante a manhã. \n \n Em discurso por cadeia nacional de rádio e televisão, a presidente Cristina\n Fernández de Kirchner decretou luto nacional de três dias, e criticou duramente\n os confrontos com sindicalistas. \n \n "Se estavam procurando um morto, já os encontraram no acidente. Muitos\n desses guardas não ganham nem a terça ou quarta parte do que ganham os que\n ocupam a jazida com atos de vandalismo. Dei ordem para não enviar mais a\n Gendarmería a situações de conflito com governos provinciais", afirmou. \n \n Protestos \n \n O acidente aconteceu após os guardas voltarem da região de Cerro Dragón, que\n possui a maior jazida de petróleo de Chubut, com 40% da produção petroleira da\n Província. O poço é controlado pela empresa Pan American Energy, sociedade de\n capitais britânicos, chineses e argentinos. \n \n A região é ocupada por sindicalistas desde sexta (22). A empresa afirma que\n os trabalhadores se recusaram a negociar aumento de salários e melhoria de\n condições com o governo provincial. Na madrugada de terça, os operários\n queimaram alojamentos e carros de serviço.