Mundo
16/11/2012 08:13:38
Bombardeio israelense mata 2 palestinos na Faixa de Gaza
De acordo com fontes palestinas, os aviões israelenses bombardearam um grupo de habitantes na área de Nazila, norte da Faixa de Gaza.
G1/HJ

Fumaça ergue-se de alvo atingido por bombardeio israelense dentro da Faixa de Gaza nesta sexta-feira (16); a imagem foi feita de Israel, na fronteira (Foto: Jack Guez)
Qandil disse que seu país vai "intensificar seus esforços" para conseguir uma trégua entre os grupos armados palestinos e o estado de Israel, após a escalada de violência nos últimos dias na Faixa de Gaza, que deixou os inimigos à beira de uma nova guerra. Ele está em uma breve visita ao território para tentar deter a violência dos últimos dias, detonada após Israel ter matado Ahmed Jaabali, principal comandante militar do Hamas, movimento palestino que governa a região. Desde quarta-feira, bombardeios de lado a lado mataram pelo menos 21 pessoas e deixaram mais de 235 feridos, segundo fontes médicas palestinas. O premiê egípcio qualificou de "agressão" a ocupação israelense. "O Egito vai intensificar seus esforços para terminar essa agressão e conseguir uma trégua duradoura", disse, ao visitar um hospital de Gaza, acompanhado por Ismail Haniye, chefe de governo do Hamas. O Egito, que atualmente tem um governo islâmico considerado ideologicamente próximo ao Hamas, já negociou tréguas anteriores entre Israel e militantes palestinos na Faixa de Gaza. Kandil disse que o Egito, que assinou um tratado de paz com Israel em 1979, defende a criação de um Estado palestino, tendo Jerusalém como capital. Reservistas
Na véspera, o Ministério da Defesa de Israel anunciou a convocação de 30 mil reservistas, em uma demonstração de que os ataques ao território palestino, na chamada operação "Pilar de Defesa", podem ser intensificados. Destes, 16 mil começaram a ser mobilizados já nesta sexta, segundo uma fonte militar.
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse que o fato de dois foguetes disparados de Gaza terem caído, pela primeira vez, na região perto de Tel Aviv na quinta-feira, é considerado "uma escalada" no conflito. A região foi atacada pela primeira vez desde 1991, quando a capital econômica de Israel foi atingida por mísseis Scud lançados pelo Iraque do então ditador Saddam Hussein. A operação "Pilar de Defnsa" foi ativada na quarta-feira à tarde com o assassinato em Gaza de Ahmad Jaabari, comandante militar do grupo radical Hamas.
Os palestinos dispararam quase 300 mísseis contra Israel. Três israelenses morreram na quinta-feira quando um dos projéteis atingiu um prédio residencial no sul do país. Diplomacia
A União Europeia admitiu nesta sexta-feira que Israel tem o direito de defesa, mas pediu ao país uma "resposta proporcional" aos ataques dos grupos palestinos.
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, afirmou estar "profundamente preocupada com a escalada da violência" e lamentou a perda de vidas nos dois lados.
O governo dos Estados Unidos pediu na quinta-feira a Egito e Turquia que utilizem sua influência com os palestinos para acabar com os disparos de foguetes a partir de Gaza, ao mesmo tempo que considerou que o Hamas deve interromper os ataques "injustificáveis". \n \n